January 29, 2011

Ô ô ô Bootie in Riô

Eu não sei exatamente quando eu comecei a ouvir mashups. Só lembro que foi em 2007. Nem ao menos lembro qual foi o primeiro mashup que eu ouvi! Só sei que, a partir desse misterioso primeiro, eu tenho colecionado mashups com muito amor no coração. Eu não sei o que me atrai tanto, acho que é admiração à técnica. Mashups me fazem curtir músicas que eu normalmente não curtiria, não é raro eu gostar mais de um mashup que das músicas originais. E um bom mashup é aquele que forma uma música única, com pedações de 2 ou mais músicas. Todos esses pedaços fazem outra, independente.
Já passei horas da minha vida online só garimpando mashups, tenho centenas. E é por isso que eu curto tanto a festa Bootie Rio, a única em que eu posso ir e ouvir a maioria das músicas que realmente povoam o meu mp3. Como eu comecei a ouvir mashups enquanto morava nos Estados Unidos, eu já conhecia a festa Bootie, que naquela época já rolava em algumas cidades dos EUA e Europa. Eu queria ter ido em uma Bootie de Nova York, mas no fim não consegui me organizar pra isso. Dois anos depois de eu já ter voltado pro Brasil, a Bootie chegou: em maio de 2010 foi a primeira edição carioca, na Fosfobox, com a presença dos criadores da festa (e grandes mashupeiros), a dupla A plus D, e Andre Paste, um jovem DJ que encerrou a noite com um set assombroso de bom, demonstrando um feeling de pista esperto. 18 aninhos de pura virtuose.
André Paste. Ele curte, nós curtimos.
Foi muito bom pra mim ver o mashup ganhando notoriedade aqui no Braza, graças ao trabalho de vários DJs, em especial João Brasil e seu projeto 365 mashups, em que fez um mashup por dia do ano passado, usando em muitos música brasileira. Aliás, era isso que eu sentia falta quando fazia garimpo de mashups pelos idos de 2007: mashup com música brasileira.
E a Bootie Rio é pra isso, pra apreciar os mashups já conhecidos por quem curte e se divertir vendo os DJs criando o live set deles. Aqui no Rio os mashups foram adotados pela galera mais hipster. As primeiras edições foram na Fosfobox, em Copacabana. Apesar de ter sido ótima em qualidade do som, o local me desestimulou de ir mais vezes. A Fosfobox é pequena pro tanto de gente que apareceu, a pista é no subsolo, completamente fechado e a lei antifumo não valia ali. E hipster fuma, meu amigo, e fuma MUITO. Tive que lavar peças de roupa 2 vezes até tirar o cheiro, sem falar que estava acompanhada de uma amiga que sofre de alergia, a tadinha sofreu.
Ontem foi a primeira edição da Bootie Rio no Espaço Acústica, na Praça Tiradentes. O lugar é novo, maior, com espaço aberto no terraço, tudo novinho, espaço pra sentar, segurança, papel higiênico e 2 banheiros pra cada sexo (é que a Fosfobox só tem um, e misto). Claro que pessoal fumou na pista fechada, triste, mas o sufoco foi 5 vezes menor que o da primeira festa. Mas a atração do dia valia a pena: dessa vez, André Paste e João Brasil, tocando juntos!!! HISTÓRICO.
Bootie Rio e seu flyer.
O melhor momento da noite foi o João Brasil tocando a Cobrinha Fanfarrona. A realização de um sonho meu.
O segundo momento da noite foi quando, no final, o André Paste me viu e disse "te conheço do Twitter". Ele é de uma simpatia sem fim.
O terceiro momento foi cantar e dançar loucamente um mashup de "Sou Foda". Por que essa música é foda (haters gonna hate, mas é).

O quarto momento foi poder ouvir um dos meus mashups favoritos, esse das antigas (do meu tempo, falou a "velha"), tocando lá. Na primeira bootie já tinha tocado My Other Car Is A Beatle (L'Trimm vs. Armand Van Helden vs. Beatles vs. Gary Numan). Dessa vez tocou Hung Up On Soul (Madonna vs. Death Cab For Cutie). De antigo também tocou Somebody Rock Me (The Clash vs. The Killers).
Fora isso tocaram mashups bons que eu já tenho na coleção, como Don't You Want  My Bad Romance (Human League vs. Lady Gaga), que rendeu um dos momentos mais engraçados: a galera cantando versos que existem na música original mas não no mashup e eu zoando "AAAH, NÃO CONHECEM O MASHUP!" - Pedindo pra tomar tabefe, né? Mas foi engraçado...
Fora que rolou distribuição de suquinho, mate e picolé pra galera, e ainda saí de lá com um cd vários mashups. Muito mimo, bom demais, assim ficamos mal acostumados.
Quanto ao público, um dado interessante. Os hipster continuam lá, mas era grande a presença de "civis" e é bem notável a diferença entre eles (o que gosta mais na pista, modo de se vestir, dançar, atitudes em geral). A festa acabou como um "mashup de tribos", os civis deram uma boa balanceada.
Pra curtir os mashups, a Bootie Rio é a melhor coisa. Eles estão conseguindo trazer os melhores DJs de mashup em atividade. A próxima edição, dia 18 de fevereiro, é com o DJ Lobsterdust, muito, muito bom. Vá zoar com os amigos se você não for hipster. Se você for hipster, vá fazer aquele carão pros vários fotógrafos do I Hate Flash por lá com sua camisa listrada. Só por favor, fume na área aberta, valeu? =)
Mais sobre mashups, redireciono-te para um post meu no blog Lixeira do Pop.
Prometo fazer uma (ou mais) mixtape de mashups, pra incluir aqui em breve. Aguarde só um pouco!

4 comments:

Cissa said...

poxa queria mto ter ido... se tudo der certo em 18/02 to la!!!!

Aline Brandão said...

Queria ter ido também! Vou processar o chefe por danos morais, materiais e condições insalubres de trabalho, a culpa foi toda do ar-condicionado glacial batendo direto nas minhas costas! (Ainda tô toda podre aqui, pra ter noção...) D:

Anonymous said...

sou civil....ahhahaah...curto e mto Mashup!!! Quem não foi perdeu...E MTOO!!!

Mariana said...

Sem outras palavras: foi MARA!

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