April 22, 2011

Heart-Shapped Boom

Black Eyed Peas vs. Marilyn Manson. Vá em frente:

April 21, 2011

U2 aos 2 minutos de acréscimo do 2° tempo

Agora que a poeira baixou, e a Garra já tirou as unhas do chão do Morumbi, não sei se devo ficar aqui defendendo uma banda que, em 30 anos de carreira, sempre levou pedra aqui e acolá mas arrasta 90 mil por cada um dos três dias de show. As pedradas são por serem mainstream demais? Por terem "acabado mas não morrido"? Pelo ativismo, demagogia e suposto "bom-mocismo"? Megalomania? Tudo junto...
Vamos por essas partes:
É estranho. Seria coisa de hoje em dia? Essa pressa em enterrar o que já tem durado tempo demais (quem julga isso?), já que tudo vira last week sem que precise realmente passar uma semana para isso. Temos celebridades de uma temporada, grandes bandas de rock de um disco, um milhão de nichos e seus ídolos. Mas dessa todo mundo gosta, toca no rádio, tem aquelas músicas grudentas que agradam do patrão à empregada, faz show de arena, é popular. E os inteligentes querendo afirmar que a unanimidade é burra, e que é preciso ser crítico: algo que agrade à tantos só pode ser ralo, baixo, pouco elaborado. Não importa se a guitarra do The Edge arrepie a espinha, ou se suas músicas fazem todo mundo -- eu disse TODO MUNDO -- cantar. Não importa, é preciso criticar. E essa é uma pulsão meio zarolha.
Meu Twitter está cheio de ~fãs incondicionais~ do Muse (a banda de abertura do U2), mas no show, quase ninguém no estádio cantava mais de uma música. Alegam que os melhores álbuns do U2 tem 20 anos, e nunca vão fazer outra Pride ou I Will Follow. Claro, assim como os Stones nunca vão fazer outra Satisfaction, nem Paul McCartney vai fazer outra Yesterday. Mas eles continuam aí fazendo música e shows, e não sou eu quem vai ordenar que eles parem ou se moldem do jeito que eu quero. Até porque, adivinhe só, tem gente que pode gostar da nova produção. Assim como tem gente que gosta do Muse (eu não sei como... é chaaaaato, mas tudo bem).
E daí as pessoas pensam que podem comparar bandas novas e experientes como se tudo fosse anacrônico, como se não houvesse carreira ou caminho a ser pavimentado, como se não exercessem influências em ninguém mais. As coisas são muito divididinhas em nichos, o "melhor" surge toda semana, mas eu ouço o som das melhores-bandas-dos-últimos-tempos-da-última-semana e tudo soa direitinho, tudo no lugar certo, mas tem som e efeito tão duradouro quanto o gás de uma Coca-Cola.
E agora a banda, principalmente pelos esforços humanitários, para muitos questionáveis, do Bono Vox, é coxinha. Aquele ídolo #classemediasofre babacão que acha que vai mudar o mundo e faz música para as massas #classemediasofre babaconas que acham que aquilo é rock e atitude, essa banda que não faz nada de bom há 20 anos...
Canibalismo
Eu gosto do U2 como um todo. Do tempo em que o Bono tinha mullet e rebolava querendo ser post-glam. E incluíam questões filosíficas, religiosas e políticas nas canções. E sempre foram canções bonitas, profundas. E pra mim, eles continuam assim. Não é uma Pride ou uma I Will Follow, mas eu gosto. Acho engraçado quando veem o Bono como esse ativista coxinha e chato. Pra mim ele é o cantor da banda U2, primeiramente. O discurso faz parte do show, e eu entendo como e porque faz parte. Bono é da "Escola John Lennon de Ativismo". Entenda: John Lennon, já no final da sua carreira com os Beatles e já com a Yoko, começou a protestar contra a guerra do Vietnã. Não lembro em qual documentário eu vi o próprio falando disso, a um repórter ácido durante um de seus bed-ins pela paz (ele e Yoko ficavam na cama o dia inteiro, a casa aberta a repórteres etc etc)... O repórter perguntou algo na linha de "que porra é essa?". Lennon respondeu algo na linha de "os governos usam da sua influência política e espaço na mídia para legitimar e justificar uma atitude como a de mandar soldados para se meter no Vietnã. Eu tenho um pouco de influência e espaço na mídia. Não sou o governo, mas sou famoso. E eu quero usar o espaço que eu tenho pra protestar contra o governo com as mesmas armas que eles usam". Ingênuo? Babaca? Inútil? Eu sinceramente não consigo por uma categoria nisso. Não sei nem dizer se o rock'n'roll "não é pra isso". O rock é livre pra falar de sexo, drogas, rebeldia e aquilo que nos aflige. Bono quer falar sobre as ruas que não tem nome na África, umas iguais as outras, povoadas de gente que ainda quer ter esperança. Deal with it que é isso aí.
Sobre o show em si, nunca tinha tido uma experiência audiovisual tão completa. A estrutura do palco é fabulosa, e o telão é das coisas mais lindas que eu já vi. Pra quem curte audiovisual é um orgasmo de 2h40. Aqui faço minhas as palavras que a jornalista Renata D'Elia, amizade de show divertidíssima, escreveu em seu blog (recomendo a leitura do texto todo): "Está na hora de assumir que investir na visibilidade do público é também um sinal de respeito e competência para além da aparente megalomania. Mas aí vem gente dizer que a música se foi para dar lugar ao circo. É aí que começa o festival de recalques. Pois trate de anotar que um dos méritos da banda, aos 30 e tantos anos de carreira, é justamente usar a tecnologia para proporcionar ao público uma experiência única, onde a música reina e comanda uma viagem sensorial." 
É embasbacante. Essas fotos são do amg Pedro Newlands, que foi no show de 13/04 (mais fotos aqui, são melhores que as minhas, que já postei).
O telão é assim...
... e em dado momento ele fica ASSIM. /morri.
E aí, a música? Fui no sábado, repertório de hits pra ninguém por defeito. Bono tem um carisma inegável, The Edge solou na minha frente, a poucos metros. Eu ouvi as músicas que amo e sempre amei, executadas perfeitamente ao vivo. Magnificent.

April 18, 2011

Let's play!

I ♥ music.

April 12, 2011

The National, aqui

Que lindo ♥
Esse esquema de participação ativa (dando grana mesmo) da plateia, aliado a uma banda simpática e dedicada dá nisso: o sentimento de pertencimento dá um gosto completamente outro ao evento. Personalizar e segmentar é isso. A produção pode não achar que vale a pena trazer o show num esquema maior. Mas nós queremos essa banda, queremos aqui no Rio, queremos nesse local. Queremos e fizemos.
Realmente cogitei ir ao Lollapalooza do Chile quando vi o The National, Jane's Addiction, Edward Sharpe, Yeah Yeah Yeahs e outros no line-up. Mas a grana não dava para tal peripécia, seria demais da conta. Mas algo me disse que ao menos o The National poderia vir, e era a cara do Queremos, vamos combinar. Quando confirmaram em São Paulo, a coisa foi se configurando. O Queremos entrou na jogada, eu comprei a cota, pus minha cara e nome lá, liberei a galera pra me chamar de hipster o quanto quisesse (eu não temia isso, principalmente por já ter a posse de um ingresso pro U2, esse meu atestado-de-coxinha infalível). Confirmaram no dia 08, um dia antes do U2, mas beleza, organizei uma manobra, gastei um pouco mais, mas fiquei feliz de poder ter a oportunidade de ver as duas bandas.
Não consigo lembrar como eu comecei a ouvir o The National. Acho que vi reviews por aí, elogios, escutei uma ou outra, baixei o High Violet, o último álbum. Aí veio junho de 2010. Eu estava curtindo uma fossa adoidada, e a voz do Matt Berninger me segurou pela garganta, e disse "I don't wanna get over you", "you're the only thing I want anymore" e "you'll never believe the shitty thoughts I think" por mim. Hoje nada é o mesmo, assim hoje não se repete amanhã. Foi bom ver o The National numa outra vibe, a música continua linda e pensar que seria assim que eu gostaria de soar se eu fizesse música. Dá pra fechar os olhos e mergulhar camada por camada nas canções, que eles executam com a perfeição do álbum mesmo sem recursos mirabolantes no palco. Além disso, o som remete a um lugar já conhecido do meu repertório sem soar cópia ou mera releitura. é calcado nos oitentistas Joy Division, Echo & The Bunnymen, Depeche Mode, e até dá pra sentir um early U2, por que não?, já que estavam no mesmo caldeirão por algum tempo. Não dá pra tirar a banda e colocar no paraíso hipster assim anacronicamente.
E lá eu estava de Carioca Empolgada, sacudindo os cabelos e sorrindo, enquanto Matt mantinha a voz perfeita mesmo com as calibradas de caipirinha, e movia os braços de modo desajeitado, ou dava com um punho do outro. Ele se desequilibrou e caiu, mas não deixou cair a vibe das canções. Voz e letras e presença, esse cara é fascinante. E é fascinante a banda como um todo.
Eu pertenci ao show, e deu um sentido todo outro. Meu nome estava lá, levei um pôster pra casa. Quem sabe eu emoldure. Foi um grande pequeno show.

Escute, escute, escute =)

                            

April 11, 2011

Como ir de hipster a coxinha em um fim de semana

Na falta de (tempo e) palavras, eis as fotos.
Carioca empolgada? Oh céus rsss
O nacional 
A GARRA! Meu Deus, o palco é aqui mesmo?
Amizade de show ♥
Esse é o Muse, e o Bellamy está usando uma calça skinny rosa do Pê Lanza.
What time is it in the world? SHOWTIME.
Very BONO
Miss Sarajevo  ♥
Na passarela que passou perto...
E o telão,que já era audiovisualmente orgásmatico, ainda EXPANDE!
Whoaaaa...
Isso tem que ser eleito uma das 7 maravilhas do mundo moderno =)
Vertigem *.*
The real thing is even better =)

Pré-show

Alerta de pérola: Bowie, 1969. Novinho!
Eu e 89 mil pessoas ouvimos no Morumbi, é o som que anuncia o começo do show do U2. Eles sobem a rampa com esse som, deixando o público na melhor vibe possível. Antes, nas horas de espera, tocou o Brothers do Black Keys e o álbum do Broken Bells. Maravilha, maravilha... mais detalhes adiante.

April 5, 2011

E o coração na garganta

This world is crazy and making us holy rollers for love.

April 4, 2011

PROMO! PROMO! 3 vips pra Bootie Rio de abril

Querido baladeiro carioca, que curte aquela mistura ixperta e o clima maneiro da única festa que toca exclusivamente mashups até o sol raiar, pode contar com o Joinha aqui pra dar aquela força e te levar DIGRÁTIS. Mais uma Bootie Rio vem aí, próxima sexta, dia 08/04, no mesmo bat-local Espaço Acústica. A edição celebra a Páscoa e recebe a galera com chocolate e coelhinhas da Playboy. Uhuuuul!
Flyer da Bootie Rio de 08/04
A atração principal é o dj Mashup Germany, residente da Bootie Berlim. O cara também é conhecido como BenStilller e suas misturas inusitadas chegam a unir 10 músicas em uma faixa. Ele não deixa de incluir artistas alemães no seu trabalho e vê isso como uma forma de divulgação. Pesquisando no site do cara (http://www.mashup-germany.com/) dá pra garimpar pérolas ótimas como Ben Stiller is not my fucking name - Sophie Ellis-Bextor vs. B'52s vs. BenStiller in Sesame Street vs. Eminem vs.The TingTings vs. Destiny’s Child vs. Deichkind vs. Genesis vs. Mo-Do vs. Afrika Bambaata. CREIZE!!!
Nas cabines, ainda tocam os residentes André Pipipi, Billy, the Kid, Schlaepfer e Beto Artista. No terraço rolam projecões do Folkatrua VJs.
Ingressos antecipados custam R$ 25 no site Ticketronic, lojas da Chilli Beans de Ipanema, Rio Sul e Copacabana e loja Zero Zen no BarraShopping. A festa custa R$ 40, na bilheteria do Espaço Acústica, preço que cai para R$ 30, até 1h, e R$ 35. Lista amiga: bootierio@gmail.com, até as 18h do dia 08 de abril.
Olha o silviço aê, zenty: Dia 08 de abril, 23h, Espaço Acústica. Praça Tiradentes 2, esquina com a Rua da Carioca, Centro - Tel.: 2232-1299
Mas você tá aqui pela promoção que vai dar 3 VIPs, ou seja, ENTRADA FRANCA pra essa Bootie Rio, não é mesmo?? Então é o seguinte: é só comentar, aqui nesse post mesmo, como GUEST (inserindo nome completo e e-mail --este será omitido, não se preocupe!) e responder a questão com criatividade: Pra você, com quais músicas se faria um mashup DOCE, perfeito pro clima de Páscoa da próxima Bootie? Os 3 melhores faturam e a promo se encerra sexta, dia 08/04, ao meio dia. Boa sorte!!

April 1, 2011

Já viu Fernando?

Veja. Não precisa agradecer...