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October 17, 2012

Buenos Aires, 3 dias, umas fotos

Se eu puder dar um conselho, seria o de não ir a Buenos Aires agora se você está indo "porque está barato". Nos últimos anos ouvimos muito isso e era verdade. Mas a inflação, crise, não sei ao certo está aumentando bastante os preços por lá. Ao que parece os brasileiros continuam indo, e acho que os argentinos têm muito a dever aos reais que estão entrando, já que alguns calcularam que 70% dos turistas lá eram daqui. Eles são cordiais, se esforçam para entender nosso português enquanto a gente se esforça no espanhol, no fim todos se entendem. Lojas e restaurantes aceitam real tranquilamente. Eu entrei numa farmácia e tocou "Menina Veneno".
A cidade me parece organizada, arquitetura bonita. Olha o reflexo da crise europeia: achei os argentinos mais bonitos do que o romanos! E não, eles não têm mullets. Até vi, mas foi raro. Adorei ver as pessoas esparramadas pelos parques. Adorei o alfajor de frutas vermelhas da Abuela Goye. Meu namorado adorou o café Bombom da lanchonete da esquina, café com leite condensado. Somos mais alguns a não saber como inflam as batatas do El Palacio de las Papas Fritas. E a curtir o capuccino com sorvete de dulce de leche do Freddo. Do mais, não havia o que se comprar, os preços, nossa... os preços! 
Conseguimos ver um show de tango, Tango Portenho. Lindo, cenografia caprichada, mas nossos lugares foram bem ruins, não pagamos jantar. Se não quiser pagar jantar, tente mesmo assim chegar cedo, pra quem sabe arrumar lugares melhores. 
Mas não sei pra quem estou dando essas dicas, acho que fui a última pessoa a conhecer, todo mundo já foi!
Ok, vamos às fotos:
Calle Florida.
Galerias Pacífico.
Livraria Ateneo, da Calle Florida.
Feira de San Telmo.
Cacarecos de San Telmo. Alguns amigos me disseram que há alguns anos acharam muitos artigos interessantes lá. Dessa vez que eu fui, praticamente só haviam estas bancas de cacarecos.
"Museu dos Beatles", na verdade um local onde a coleção particular do maior colecionador de memorabília dos Beatles está exibida. Custa 50 pesos para entrar. Achei caro.
O cara é certificado pelo Guinness, com mais de 7 mil itens.
Puerto Madero.

Ponte de la Mujer.
Caminito.
La Bombonera.

Casa Rosada.
Companheiros de tour.
O obelisco deles.
Tango Porteño.
Vista do hotel, na Recoleta.

August 14, 2011

Arquitetura é luz


February 9, 2011

Na Caverna

Há 50 anos, os Beatles tocavam no Carven Club pela primeira vez. Mais de 200 apresentações depois e muita história pra contar, o Cavern continua lá. Ok, não é o mesmo Carven, ele foi demolido e reconstruído quase que no mesmo lugar, com muitas dos seus tijolos originais. É o grande charme da Mathew Street, rua de Liverpool cercada de clubes e pubs.
A facilidade que é entrar no Carvern Club impressiona. Numa quinta qualquer, dia em que a banda cover dos Beatles residente, os Mersey Beatles, toca lá, não havia filas. A entrada custou £2,50. A pista é no subterrâneo ("caverna" mesmo), e até descer todos os vários lances de escada ainda não dava pra acreditar que foi tão fácil entrar naquele lugar.
Hoje o Carvern se tornou um espaço para várias bandas covers de rock, mas parece mesmo ser um grande monumento aos Beatles. Entre turistas e locais (sim, eles vão lá) e cidra, a banda toca, todos dançam e cantam todas as músicas da banda querida por quase todo mundo.
O final de "With A Little Help From My Friends".

"When I'm 64".

E ao fim do show e da cidra, encaramos a madrugada e voltamos pra casa com a companhia das gaivotas... 
Mathew St.

January 21, 2011

Reminiscências #1

Morei nos Estados Unidos por um tempo, trabalhava de babá, mas sem problemas, isso não me incomodava. Era o que eu tinha que fazer para morar numa casa grande, com quarto, conforto, internet, carro e um cartão de crédito pra comprar no supermercado. Foram as últimas férias da minha vida. E eu só precisava bancar a irmã mais velha. Eu nunca fui, nem mais velha, nem mais nova, mas sem problemas também, eu me saí bem nessa.
Trabalhava fixo numa casa com duas meninas, já grandinhas elas, que se divertiam vendo Bob Esponja e jogando Webkinz (um precursor do Farmville para crianças - elas se enjoaram disso em poucos meses, e vocês ainda nessa), enquanto eu tentava persuadí-las a brincar no quintal, por razões óbvias: elas tinham um quintal. Às vezes eu tentava tocar o terror nelas contando da minha infância, de precisar brincar no corredor do prédio, colocando palitinho no interruptor pra que ele não apaguesse depois de 5 minutos.
A mãe trabalhava com alguma coisa que parecia importante numa empresa, nunca entendi o quê. Era ela que mantinha contato comigo, que me entrevistou, que me deu seu telefone e e-mail. O pai eu não conhecia, nem sabia quem era. A casa era uma bagunça, as meninas jogavam tudo pelo chão, e por "tudo" eu quero dizer tudo mesmo. Eu pegava umas pistas aqui e ali, pela literatura republicana espalhada, livros da Ann Coulter, uma espécie de Michael Moore conservadora, só que alta, magra e loira. Eram do pai, as meninas me disseram. Ele tinha um jipe com uma placa - comemorativa não é bem a palavra - inspirada no 11 de setembro, com uma logo representando as torres e o Pentágono - nossa, como se faz logo e produto pra tudo! - e a inscrição "Fight Terrorism". Estacionava na frente da garagem no cul-de-sac em que moravam e dividiam com 2 famílias puramente indianas.
Então, eu perguntei: o que ele fazia? A resposta: ele era professor de guitarra.
Não levei fé de primeira. Ele vivia disso? Não parecia ser uma casa de um músico, apesar de ocasionalmente aparecer um case de violão na casa, no quarto do computador havia um amplificador antigo, nada que acusasse ser a música a função principal de uma pessoa.
Conhecê-lo não desfez essa impressão. Mais americano impossível de camisa polo, bermuda e tênis com meias altas, alto e magro, ele podia ser qualquer coisa. Eu e os pais das meninas conversávamos pouco nos momentos de entrada e saída, mas nos comunicávamos através delas, das coisas que elas falavam de mim. Descobri que ele tinha um estúdio em Leesburg, uma cidade próxima. Que a irmã dele andava com o Andy Warhol e namorou o Brian Ferry. "Conhece Roxy Music?", conheço, "é mesmo?"
Não é coisa essencialmente de americano, embora eles façam isso com frequência. É fácil esquecer que esse mundo, mesmo grande, é conectado, agora cada vez mais, e as coisas viajam de um modo que não damos conta.
Não é segredo que eu gosto muito de música, logo recebi um convite para ter aulas grátis com ele, no estúdio. Lisonjeada, eu fui, um pouco envergonhada por saber que eu não sou a melhor das alunas. Leesburg é uma cidade história, em meio a campos onde aconteceram batalhas da Guerra Civil Americana. A ruazinha era muito escondida, a casa, antiga, branca, tão americana e aleatória quanto o dono. Lá dentro, uma Marilyn Monroe original de Andy Warhol na parede, guitarras lindas. Eu sentei e ele perguntou o que eu gostava de ouvir. Não lembro o que respondi, essa pergunta sempre me engasga. Só sei que ele tocou o riff original de "Rebel, Rebel" do David Bowie e eu chorei uma lágriminha.
Não aprendi a tocar mais do que já sabia, eu que sei os acordes mas não decoro as sequências de uma música, tenho dedos pequenos para fazer uma pestana decente. Eu basicamente ia uma vez por semana pra conversar sobre música, segurando uma guitarra, naquela casinha branca. Toda vez que eu chegava ele comentava das plantas na sacada. Um dia me pôs pra ouvir uma gravação de uma de suas filhas, aos 5 anos, cantando "Everybody's Talking At Me". Era fantástico. Ele era republicano, mas era meu amigo.
Repare no tênis pendurado no fio de energia.

October 2, 2010

Melhores diálogos: Edição Extraordinária

I - ... aí eu tomei uma Stella Artois no pub em Londres...
M - Aaah, mas EU tomei Leffe na Bélgica. Beyjas!
N - Tá, mas você não tomou Jacques no Carvern Club. HADOOOOOOOOOOUUUUUKEEEEENNN!!


September 21, 2010

Boas: Haia edition

Haia, ou Den Haag, é aquela mesmo do Tribunal. Uma cidade antiga/modernete, abriga a rainha da Holanda e uma calçada cheia de esculturas de cunho erótico-conceitual... 
Rolaria praia, mas estava muito frio. Tivemos que entrar em uma Zara e uma H&M pra comprar leggings e casacos a preços módicos. Depois foi só passear. 
Queríamos encontrar um lugar pra trocar traveler's check, mas a loja fechou na nossa cara. 
Achar o tal Palácio da Paz foi um suplício. 
E foi em Haia que a minha câmera caiu, e o zoom travou no lugar com a mais bonita paisagem (na construção à beira de um lago que vocês podem ver mais abaixo). 
Foi também em Haia que a Priscila recebeu a cantada mais esdrúxula: "ERICSSON! Minha marca favorita!" Era um tiozão indiano querendo puxar assunto, ao ver a mochila dela, que era da marca.
Conseguiu superar a cantada que eu levei no carnaval ("Bata bonita...").
"O falo cansado"
Chinatown



A residência da rainha.

Hein?




Portão do Palácio da Paz.
O próprio.

A "chama da Paz Mundial"