October 25, 2013

Goo goo g'joob

"O Hotel de Um Milhão de Dólares" é um filme estranho. Muita gente implica com o fato de ter sido escrito pelo Bono Vox. Ou por ser estranho mesmo. Já vi algumas vezes, o resultado nunca é unânime em mim mesma, mas adoro essa cena. Dixie pensa que é o John Lennon e canta essa versão de "I Am The Walrus" de botar o coração no pé. Queria deixar aqui, registrado.


October 10, 2013

Ganesh na coxa

Está rolando uma polêmica envolvendo figurões da MPB, coisa que eu, honestamente, não estou não estou por dentro. Fico vendo as tretas no Twitter, todos com seus comentários ácidos e propositalmente espertinhos. Aparentemente querem coibir a publicação de biografias não-oficiais, podendo até cobrar para que isso aconteça, caso o autor insista. Isso soa muito como uma maneira de coibir a livre expressão, de forçar uma chapa-branquice, uma coisa que não se esperaria de um monte de gente que enfrentou ditadura. Pois é, as coisas mudam e as situações são sempre "outras". A própria presidente ex-militante, presa e torturada, se cala diante de manifestantes que levam bala nos protestos. O cantor que sofreu censura não acha que está censurando uma biografia não-autorizada e por aí vai.
Nos comentários espertinhos sempre tem os que aproveitam pra ligar pessoa à obra e lavar as mãos. "Eu nunca gostei de Djavan", "O Caetano é um mala", "O Roberto Carlos sempre foi um vendido mesmo", "O Chico..." bem, do Chico o pessoal não fala muito, risos. Não sei se com o passar dos anos, essa associação vai passar. Por exemplo, só vi uma pessoa relembrando da polêmica entre o Metallica e o Napster, quando houve o show deles por aqui. Que foi muito elogiado, aliás.
Mas se você está ultrajado por restringirem a liberdade de expressão, etc, você pode dizer pro Caetano: "Você foi mó rato comigo". E desculpa, Brasil, se eu continuar ouvindo.
Esse post na verdade foi só pra postar essa música:


September 26, 2013

Tchau, MTV ♥

Eu já fiz dois posts sobre a minha "Infância MTV". Alguns estão com links de vídeos quebrados, o que sempre enfraquece os blogueiros que dependem do YouTube pra respirar. Percebi, porém, que em nenhum dos dois posts eu elocubrei melhor sobre o fato de eu ter tido essa tal "Infância MTV". Primeiro que não foi só infância, foi adolescência também. Segundo, fala muito sobre os meus gostos e interesses hoje eu ter passado tanto tempo sorvendo o conteúdo do canal, que termina esse fim de semana. Termina o canal como o conhecemos, embora ele não estava exatamente como o conhecemos há alguns anos. Mas termina o canal com conteúdo original, plataforma para bandas novas, para shows, para um monte de cultura pop que pessoas como eu valorizam.
Consegui acompanhar alguns episódios do MyMTV. Consegui ver o da Marina, Sarah, João Gordo, queria ver o do Mion, pelo meu amor ao Piores, mas nem sei se já passou. A verdade é que eu não vejo muita tv, afinal, passei bastante tempo em frente à tela quando era mais nova. Mas, sobre o programa: o sentimento é bittersweet, melancólico e feliz pelo passado. Mas só. É só. Passou. Já fui mais saudosista. Afinal, nada é como antes. Para o mercado de comunicação, é uma merda. É mas um veículo que fecha. Mas conjecturar como a internet, o YouTube e mais não sei o que influenciaram em tudo não é o que eu queria aqui. Você pode ver esse vídeo aqui e conjecturar. Não que eu ache ele super correto, mas traz bons pontos com uma atuação bem interessante do carinha loiro. 
Voltando: aos 9 anos, instalaram tv a cabo na minha casa. Carton Network foi meu canal favorito por pouquíssimo tempo. Comecei a assistir MTV em todo tempo livre. Em 1996 era de manhã cedo, às 18h para conferir o Disk. Alguns anos depois, podia assistir toda a tarde, antes de ir fazer os deveres de cada, e voltando para o Disk. Gravava meus clipes favoritos em VHSs, conferia o Cine, entre outros programas. Aos 14, veio o Supernova. Eram tardes inteiras aturando (risos) Mion e Didi, 3 vezes por semana. Nessa época abandonei o Disk, era o auge das boy bands. E o Piores às quintas. Até eu arranjar outras coisas pra fazer (ex.: pré-vestibular).
Minha memória é péssima. Me divirto tentando lembrar das pérolas de quando eu tinha 9 anos. Algumas das bandas estão comigo até hoje, como Garbage, Smashing Pumpkins. Ainda ouço Oasis e Alanis às vezes. São músicas que eu sempre vou gostar. Outras coisas eram meio que empurradas pela MTV, mas que são engraçadas de lembrar. O blast from the past é grande, eu sei, se alguém quiser ajudar nos comentários, fique à vontade. Como eu disse, minha memória não é muito boa.
RIP, MTV. Passou, como a minha infância. Triste, né? Mas é a vida, vamos em frente.



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UPDATE: Ontem acabou, de vez. Não acompanhei os últimos suspiros, era difícil pegar o canal lá em casa. Tentei me fazer de alheia. Mas hoje vi os últimos 13 minutos no YouTube e penso teria chorado, fácil! E claro, como eu podia ter esquecido de incluir nessa minha lista acima o clip de "Maracatu Atômico"???? É tão lógico e emblemático, fiquei muito feliz por ter sido ele o escolhido para o adeus. Não podia ser outro. RIP :'(


August 23, 2013

Ainda Demarco

Que música linda, gente.

(Adoro fanvideos!)

August 17, 2013

Introducing: Mac Demarco

Eu conheci esse cara hoje, há algumas horas. Baixei o segundo álbum, que se chama "2", e escutei a tarde inteira. O compartilhamento desse artigo foi o culpado de tudo. Foi escrito pelo Gabriel Pardal, do blog coletivo Ornitorrinco. Ressalto alguns trechos:
"Para se expressar com sinceridade é preciso coragem. E uma dose de cara de pau. Nascido no Canadá em 1990, o cantor e compositor Mac Demarco vai direto ao ponto ao escrever sobre sua vida - os momentos pesados e também os leves. Sem ficção. É aí que ele ganha, com o peito aberto constrói uma ponte sem adornos entre ele e o público. (...) o som de Mac é cru, econômico, um estilo que alguns podem chamar de pobre, ele usa sempre os mesmos efeitos tanto na guitarra ritmica quanto na guitarra solo, riffs simples, bateria simples e letras sucintas, sem metáforas, simbolismos, firulas. (...) Sites especializados classificam a música de Mac Demarco como slacker-rock, tipo de rock derivado do college rock nascido nos anos 80/90..."
Ele ainda menciona canções de amor malucas e divertidas, voz sonolenta, "estilosa voz cansada e charmosamente preguiçosa de Mac" e diz que essa canção vai "grudar na sua cabeça". É verdade. Contei uns 20 plays seguidos:

Cara de menino levado e uma levadinha de guitarra muito gostosa. Adorei! Li que o cara também curte um som glam, mas bem mais minimalista. Várias músicas do segundo disco são ótimas, como "Freaking Out The Neighborhood" e "Dreaming". Recomeindo!

July 19, 2013

Introducing: The 88

Eu já falei por aqui mais de uma vez: nunca quis ver The OC mas um dia peguei todas as trilhas da série e adorei. Acabei conhecendo lá muita gente que eu acabei curtindo muito, como AC Newman, Death Cab For Cutie, Spoon, The Thrills e The 88. A série rolou entre 2003 e 2007, e nessa época ainda tinha um tipo de indie rock que não era como o indie/hipster de hoje, que é com menos guitarras, efetivamente menos rock, que eu não curto. Eu fiz intercâmbio nos EUA em 2007, e lá conheci muitas bandas dentro desse indie rock como as que eu citei, mais Rilo Kiley, The Shins, etc... e meio que parei aí.
A prova de que eu parei nessa fase do indie rock é eu resolver resgatar a discografia do The Thrills e The 88 nas últimas semanas, por lembrar que a sonoridade deles é algo que eu gosto. Recentemente eu vi que o The 88 fez uma participação especial ali pelas primeiras temporadas de How I Met You Mother e lembrei de pegar mais coisas deles (são eles que cantam o tema de abertura da série Community, mas essa eu nunca vi). Ouvi várias músicas no YouTube e goste de TODAS. Não é com todo mundo que isso acontece. E aí que descobri que eles acabaram de lançar um álbum novo, e o primeiro single é lindo.

E essa é a que estava na trilha de The OC:

#recomeindo

July 6, 2013

Let's dance (2)

Adoro esses vídeos assim (2):


(Aqui o vídeo que começou essa série aqui no blog.)

July 5, 2013

Ben acústico

Encontrei três vídeos de uma mesma apresentação do Ben Gibbard (ele mesmo, vocalista do Death Cab For Cutie). A informação é que foram gravados em setembro de 2007, no Filmore Auditorium de Denver, Colorado, EUA. Para uma gravação de um show, até que imagem e som ficaram muito bons, facilita ter sido uma apresentação bem intimista. Ben e seu violão tocam 2 músicas do DCFC e uma do Rilo Kiley - e essa versão ficou maravilhosa. 

Como diz um dos comentários mais votados do YouTube: "It's a voice that can bring the manliest of men to tears".




Essas músicas, especialmente "Title and Registration", me levam pro passado como uma máquina do tempo. Eu vivia uma vida completamente diferente. Morava nos EUA, dirigia um carro, vivia em uma casa, tinha um cachorro, uma boa grana no banco, era um bocado solitária. Ouvindo a música eu me vejo no carro, colocando o cd que eu tinha gravado, vejo à frente a estrada em que estava e lembro das cores do céu do fim da tarde. Música tem dessas coisas.

May 15, 2013

Jeeeeesus Christ, Kid!

Não consigo parar de dizer o quanto eu achei essa música maravilhosa. Desculpem ter colocado o vídeo do Vimeo (odeio a lerdeza do Vimeo!), mas os do YouTube estava acelerando a música pra não tirarem do ar, e isso não se faz com essa música...
Confesso não ter me empolgado tanto com o novo disco do Kid Cudi, o Indicudi, mas talvez ele cresça no meu conceito no futuro, isso também me aconteceu com o Man On The Moon II. Mas isso não importa porque eu me apaixonei por "Young Lady". A música tem um sample de "Hollywood Forever Cemetery Sings", do Father John Misty, que já é uma música bonita mas me deixa deprimida. A mistura de Kid Cudi tira a depressão da faixa, mas mantendo bastante do clima um tanto soturno, um tanto misterioso dessa "young lady" que mexeu com as profundezas do Cudi. Eu sempre digo: você que acha que o Frank Ocean é o único rapper ou algo do tipo que se importa em abordar sentimentos, saiba que está pagando de desinformado.


April 9, 2013

Cansei

Eu não gosto de ter obrigação das coisas, mas gosto demais do meu bloguinho... É um espaço só meu (e que provavelmente só eu leio), sem comprometimento de ser mega relevante, ainda que seja um depositório de coisas relevantes pra mim. Um blog egoísta, pode dizer. E por que não há mais posts? Seria o cansaço, a falta de tempo, ou porque estou tão grumpy cat que nada ou muito pouco tem sido relevante pra mim? Ou tudo isso junto?
Não quero prometer uma volta, mas apenas dizer que "ei, eu respiro". Sem mais por hoje. Quero voltar pra cama e não posso, preciso me concentrar em lidar melhor com isso.

February 11, 2013

Don't you wonder sometimes about sound and vision?

O Beck sim! E por que eu amo o Beck? Porque ele ama música. Curioso observar a trilha que ele seguiu durante os anos. Filho de um compositor/arranjador/regente que já trabalhou com muita gente fabulosa (dá uma olhada no currículo espantoso do cara), ele começou fazendo anti-folk de letras loucas, ácidas em melodias acústicas, simples, porém já bonitas. Ao mesmo tempo, experimentação eletrônica suja. Evoluindo, ele foi afinando a sonoridade, e experimentando cada vez mais coisas, mais eletrônico, groove, tropicalismo, bossa nova, chanson française. Para quem ama música, o mundo é um playground. Ele não fica parado, fundou o Record Club para reimaginar álbuns consagrados com os amigos, e mesmo não lançando álbum ele lança música, lança cover, faz shows, faz qualquer coisa...
Daí que a última dele foi reimaginar "Sound and Vision", do David Bowie. Acabou que coincidiu com o ressusrgimento artístico de Bowie, que lançou música e anunciou disco novo de surpresa, e reacendeu o burburinho de si mesmo. Mas o projeto de Beck é muito mais sutil (e menos comercial), muito mais homenagem à música. Muito mais fundo na mensagem, esse "waiting for the gift of sound and vision" virando realidade com uma orquestra de 157 instrumentos comandada pelo seu pai, vários corais, em uma estrutura de captação de som e vídeo 360°. Sound and vision. Se você é um daqueles que comprou aqueles fones Beat by Dre, ou qualquer um ostentativo desses, essa é a hora de usá-lo. Um fone normal também basta:


O original, majestoso, aqui. Não se deve falar em "superar", o projeto do Beck é uma experiência em cima da música, e ficou lindo e emocionante de verdade.

January 26, 2013

Minha primeira (e única) animação em Flash

Em 2008 eu participei como editora do projeto UFF com 40, uma publicação sugerida por uma matéria da minha faculdade de Jornalismo, para homenagear os 40 anos do Instituto de Arte e Comunicação Social da UFF. Como eu já estava editando todos os textos do blog, decidi que a minha participação poderia ser diferente. Com uma pauta mais "lúdica", sem a necessidade de apuração profunda, eu faria uma matéria em forma de animação ou (proto) infográfico. Simplesmente porque eu sempre quis explorar outras formas de publicação além do texto jornalístico. Apesar da ludicidade, a animação não foi mais fácil. Já tinha conceitos bem básicos de Flash (manjam aqueles cursos de férias de R$ 15 da Estácio?), mas precisei pesquisar mais para poder animar como eu gostaria. E deu MUITO trabalho. Mas o resultado valeu a pena. 
Para o texto, contei com a ajuda da amiga e colega de classe Raquel Thomaz. E como apresentador a animação, Kotoko, uma representação do gato de rabo cortado que circulava pelo IACS na nossa época. Como o host de arquivos Flash usado no blog original acabou, e o embed de lá sumiu, reposto aqui. Foi muito bom rever isso.
Para navegar, clique sempre no gato! E conheça os maiores "Figuraças do IACS":


January 8, 2013

Let's dance

Adoro esses vídeos assim: