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February 11, 2013

Don't you wonder sometimes about sound and vision?

O Beck sim! E por que eu amo o Beck? Porque ele ama música. Curioso observar a trilha que ele seguiu durante os anos. Filho de um compositor/arranjador/regente que já trabalhou com muita gente fabulosa (dá uma olhada no currículo espantoso do cara), ele começou fazendo anti-folk de letras loucas, ácidas em melodias acústicas, simples, porém já bonitas. Ao mesmo tempo, experimentação eletrônica suja. Evoluindo, ele foi afinando a sonoridade, e experimentando cada vez mais coisas, mais eletrônico, groove, tropicalismo, bossa nova, chanson française. Para quem ama música, o mundo é um playground. Ele não fica parado, fundou o Record Club para reimaginar álbuns consagrados com os amigos, e mesmo não lançando álbum ele lança música, lança cover, faz shows, faz qualquer coisa...
Daí que a última dele foi reimaginar "Sound and Vision", do David Bowie. Acabou que coincidiu com o ressusrgimento artístico de Bowie, que lançou música e anunciou disco novo de surpresa, e reacendeu o burburinho de si mesmo. Mas o projeto de Beck é muito mais sutil (e menos comercial), muito mais homenagem à música. Muito mais fundo na mensagem, esse "waiting for the gift of sound and vision" virando realidade com uma orquestra de 157 instrumentos comandada pelo seu pai, vários corais, em uma estrutura de captação de som e vídeo 360°. Sound and vision. Se você é um daqueles que comprou aqueles fones Beat by Dre, ou qualquer um ostentativo desses, essa é a hora de usá-lo. Um fone normal também basta:


O original, majestoso, aqui. Não se deve falar em "superar", o projeto do Beck é uma experiência em cima da música, e ficou lindo e emocionante de verdade.

November 24, 2011

Influência direta e reta 2

Depois desse que já postei, mais uma influência deslavada do mesmo álbum, Histoire de Melody Nelson, do Serge Gainsbourg. Dessa vez, Beck entra na roda com uma canção do seu álbum Sea Change, que veio com muita influência do Gainsbourg, principalmente mas não só na música abaixo.
Beck - Paper Tiger

Serge Gainsbourg - Cargo Culte

December 30, 2010

Os meus discos do ano + 1 música

Não são os melhores do ano que eu não consigo fazer isso, deixo para os entendidos, que entendem tanto que elegem o novo do Arcade Fire toda vez e aí zZzZzZzZ... Esse não são os melhores álbuns, nem todos são desse ano, são simplesmente os que me marcaram em cada mês. E uma música, que está num álbum de 2009 mas marcou agosto. Vai saber. No fim, gosto não tem cronologia e paixão não tem lá muita crítica...
Janeiro: Kid Cudi, Man On The Moon - Indo pro trabalho, voltando de madrugada, no calor do verão, up up and away, Kid Cudi e seu hip hop pop rock groove garantiu as melhores vibes.
Fevereiro: Jenny Lewis, Rabbit Fur Coat - O álbum espiritualizado e country da vocalista do Rilo Kiley, vozes lindas, de derreter o coração. 
Março: Broken Bells, Broken Bells - "O que será que o James Mercer, do The Shins, anda fazendo? Deixa eu conferir aqui no Wikipedia... O QUÊ??? UMA PARCERIA COM O DANGER MOUSE? Isso deve ser a melhor coisa do mundo!!" Então, é por aí.
Abril: The National, High Violet - Hello, darkness, my old friend... I've come to talk to you again. Abril começou com o céu desabando e eu deixei que a Fossa me possuísse, mas com classe, faz favor. O cara tem voz de barítono (mas bem melhor do que aquilo de "vouaa, minha aveee"), os arranjos são sublimes, Sufjan Stevens participa, é de uma epicidade sem fim...
Maio: The Black Keys, Brothers - O melhor disco do ano. Cheio de músicas inacreditáveis. Emblemáticas na primeira audição. Forte. Bonito. Uma façanha. Não tem mais o que dizer. 
Junho: Hole, Life Through This - Essa sou eu tentando treinar violão regularmente de uma vez por todas, é claro que não funcionou. Mas tamos aí pra tentar... Eu não gosto da Courtney Love, ou quero não gostar, mas a música e o estilo tem uma coisa desce fáááácil nos meus tímpanos, fazer o quê?
Julho: Scott Matthews, Passing Stranger - Não sei quem é esse cara, só sei que estava em viagem, meu anfitrião tinha ganhado esse CD e era o "easy listening" de praticamente todas as manhãs. Boa surpresa.
Agosto: Jakob Dylan, Women & Country - Eu gosto de country. E eu gosto do Jakob Dylan. Eu gosto da voz do Jakob Dylan. Eu gosto de tudo sobre o Jakob Dylan. Ele está num cavalo com uma mulé e um rifle, com cara de "meu álbum é absolutelyfuckingamazing quer você concorde ou não" e eu concordo e concordo bastante.
Setembro: Beck, Sea Change - Hello, darkness, my old friend... I've come to talk to you again e mais uma vez. Beck terminou um relacionamento e fez esse álbum de 2002 pra lavar sua arte com lágrimas e mostrar que é um gênio, apesar de um monte de gente falar que eu sou louca quando eu afirmo isso. Sea Change é reconhecer a dor como força criativa.
Outubro: of Montreal, Hissing Fauna, Are You the Destroyer - Eu gosto de música de maluco também. E apesar de já gostar de of Montreal eu nunca tinha parado pra apreciar um álbum deles por completo e fiquei completamente atropelada por suas sequências indissociáveis, toda a loucura do Kevin Barnes e sua depressão na Noruega (ou algum lugar gelado desses), o que gerou crises sonoras amalucadas e fantásticas.
Novembro: Smashing Pumpkins, Zeitgeist - Smashing Pumpkins é uma das minhas bandas favoritas desse mundo. E eu consigo gostar de todas as suas fases, apesar de muitas reviravoltas. Eu e o Billy Corgan, a gente se entende. Zeitgeist foi um álbum bastante criticado. Eu nunca vou saber porquê. Pra mim tá ótimo.
Dezembro: Stone Temple Pilots, No. 4 - Eu gosto deles há tanto tempo... São criticados, constantemente acusados de serem uma cópia de qualquer coisa. Scott Weiland por vezes se vale de versatilidade vocal, meio que sendo o Adnet do rock, mas eles acabam sempre se reinventando dentro do mesmo gênero glam meets hard rock. Esse álbum está bem no meio da carreira deles, fora do auge pós-grunge. Preciso, melancólico, cheios dos momentos áureos.

Música: Otto, Crua - Quem já ouviu uma coisa dessas sabe que é forte e ácido e estranho e dificilmente se arranca a lembrança.

October 22, 2010

Pérola significa

Beck + Borat no berimbau + duas baterias + maluco empolgadaço = joia! Tô aqui pensando se eu já vi algo tão emblemático...
Não conhecia esse vídeo, dica preciosa do @ronaldrios.

September 14, 2010

Onde ela está

My mind is on you, please don't take it off
Just leave it there, so don't get lost
So don't get empty, sittin' by itself in the evening time
Thinkin' too much, stayin' home
My mind is on you, don't leave it alone
Don't step aside, when you are steppin'
Don't run around, when you are dizzy
Say to the flower: "I am a flower"
I'm sick inside, I'm lucky to cry
My mind is on you, please don't take it off
Just leave it there, so it don't get lost
So don't get empty, sittin' by itself in the evening time
My mind is on you, let it stay
My, I won't hate you, let it stay
Let it stay

I'm livin' ahead of what I know
I never learn, the way I burn
Tasting my time, spitting it out
I can't breathe, I can only shout
My mind is on you, please don't take it off
Just leave it there so it don't get lost
So it don't get empty, sittin' by itself in the evening time
In the evening time

My mind is on you, from sun to sun
From all that is lost, to all that is done
From all that is pure and all that is fake
From the steel stones to the wedding lake
Like a flaming beach on the windy plain
I am your blood, I am your brain

My mind is on you, let it stay



September 1, 2010

Causa perdida

Eu e um amigo temos um tipo de "jogo"... começou sem querer, eu reclamava de alguma coisa, ele dizia que já tinha passado por coisa pior, eu duvidava e aí ele contava seu causo. Ok, aí eu pedia permissão pra devidamente superá-lo. Aconteceu uma, duas, muitas vezes. Até peguei sempre dizendo "quer ver que eu supero?" e ele se pegou dizendo "não vou nem contar porque você vai me superar mesmo". E daí virou isso, eu supero qualquer mico, qualquer #fail.
Lembro até hoje quando um professor de Literatura falou disso, do orgulho por estar pior. Sentimos como se estivessemos nos vangloriando, enquanto esquecermos que aquilo não é motivo algum pra se vangloriar. Por que fazer isso? Por acaso é algum gesto altruísta pra mostrar pra outra pessoa que tudo que está ruim pode piorar? Quem sabe fazer a pessoa se sentir melhor consigo mesma vendo que você está numa merda pior? Comecei a ficar incomodada com isso, por pensar sempre no pior, chegar a forçar as coisas pra poder parecer que estou pior do que realmente sou. Mas parece ser tão irresistível...
Sinceramente, não sei porque eu faço. Acho que é porque eu não permito que ninguém fique infeliz nessa casa, só eu. Ninguém tem realmente motivos, só eu. Ok que todo mundo realmente tem motivos, ok que a pessoa pode estar nadando na grana e infeliz, pegando geral e infeliz, viajando a Europa e infeliz, mas que seja, eu supero e você tem é que estar bem satisfeito, porque é assim que te imagino. Às vezes eu imagino problemas piores, pra ver se eu relativizo. Mas na maioria das vezes eu quero mesmo ganhar essa parada, ainda que patética, e afirmo logo que eu sou a mais cansada, mais perdida, mais desesperançada, que quero sair sem rumo faz tempo demais, que essa fase tem durado tempo demais. A vida não é ruim. Tenho casa, saúde e pago minhas contas em dia. Tenho alguns talentos, infelizmente, um deles é superar os #fails. Trabalho de 10 às 22, moro longe, pego ônibus, durmo tarde, acordo cedo mas isso nem é o pior. Eu chego em casa e ninguém vem ficar comigo. Então ssshhhhh que essa eu levo pra casa. Ao menos essa.


E ainda sorrio! Descobri o Sea Change, álbum do Beck de 1999, deliciosamente melancólico, completamente lindo, portanto irresistível pro meu mood. Big joia altamente recomendada.

August 23, 2010

Quebrando a mecânica

Quantas horas eu aguento ouvir somente Beck, e, mais importante, que efeito isso terá no meu cérebro?




Pra quebrar o ritmo de pensamento viciado durante a mecânica do trabalho, joguei "beck mix" no youtube e estou ouvindo raridades, b-sides, bootlegs do início dos anos 90. Coisa tão ruim que é fantástica... Experimental, ruindades de propósito, efeitos a esmo, banjo, gaita, letras sempre amalucadas, folk, Bob Dylan dos riquinhos desajustados de Beverly Hills... never a dull day e é isso que eu tô procurando.