November 17, 2010

Daddy's Little Girl

Ontem foi aniversário do meu pai. E com todo o respeito que eu tenho por ele, não posso deixar de afirmar que ele é meio doido. Pra não falar bastante... (afinal, como vocês podem perceber, essa maçã aqui não poderia ter caído muito longe da árvore). Ele é estressado, falastrão e rabugento, e a pessoa mais honesta, sincera e comprometida que eu conheço.
Fisicamente só herdei o nariz, mas muito do meu amor por música veio dele. Todas as lembranças da infância dele tem algo a ver com música, tocar o LP de Õ Blésq Blom e Rita Lee, ou quando, logo em 1991, comprou um aparelho de cd e ficamos meses com apenas 1 cd pra tocar nele, uma coletânea do Milton Nascimento.

E dá-lhe Tears For Fears, Raul Seixas, Elis Regina, Lulu Santos, Lobão, early Roupa Nova Kleiton & Kledir, Sade, a briga por minha mãe ter apagado uma fita com um show ao vivo do Phil Collins (aquele com o carrossel) pra gravar Família Dinossauro pra mim.

E dance music dos anos 70 e 80. MUITA e sempre! Nesses programas de rádio de Flashbacks por aí... e hoje toda hora ele vem me pedir alguma música. Às vezes ele só sabe quem canta, às vezes só o nome da música, às vezes ele senta perto de mim e canta a música em um inglês que, pra quem nunca estudou a língua, até que funciona. Eu jogo no Google e com algum esforço consigo baixar pro celular dele, e lá vai ele escutar com o fone no volume máximo, cantando super mal mas curtindo bas-tan-te.


Aí as vezes ele fica um pouco chateado quando parece que nós somos diferentes, mas é só porque ele ainda não vê o quanto somos parecidos, sou um paradoxo ambulante assim como ele. Só que ele já está cansado, e eu só estou apenas começando...