Das vantagens de ver um show low profile:
Ontem o Of Montreal aterrissou no Circo Voador (aterrissou do planeta doido de onde vieram), e eu os vi pela segunda vez. Já li por aí definições como "um aniversário de criança com ácido" e "Queen com crack". É uma festa estranha com gente esquisita (vi uma menina de topete, óculos de fundo de garrafa e costeletas. Eu disse costeletas). Mas ótima música. Of Montreal é ótimo, mesmo que a tecladista ainda veja os acordes das músicas num bloquinho. E a viagem, além de visual, com performers correndo o palco com máscara de animais ou peitos gigantes, é musical. Uma hora é rock 'n roll, outra pop queer, muda pra um groove estilo r&b, de repente fica prog, outra poperô redondinho. É tudo isso.
Isso de alternar tudo se estende ao líder da banda, Kevin Barnes, que veio dessa vez com um corte de cabelo "Adamastor Pitaco" style, longo e curto, feminino e masculino. Androginia glam que não é nova mais que funciona na figura desse cara. Apesar de rebolar a bundinha magra, passar a mão languidamente pelo corpo, exibir a barriga negativa e se insinuar em algumas músicas, Kevin faz a bicha tímida quando as luzes se acendem. Isso tudo sendo casado com uma mulher. Figura curiosa ele. E canta bem, segura a voz por quase todo o show, só diminuindo o ritmo durante o bis, mas daí o público pegou o lead vocal de assalto durante "Gronlandic Edit", momento fófis da noite.
E essa banda foda tocou no Rio por iniciativa do Queremos, que juntou a galera pra comprar cotas e garantir o show. Eu comprei uma dessas cotas. Quando é uma banda legal eu faço isso, é uma sensação boa ser mecenas das artes e "fazer a coisa acontecer". Por que enquanto um show desses é mais um em São Paulo que vai atrair muita gente (sem entrar em méritos de gostos e opções noturnas, vamos resumir por ora que rola porque "São Paulo simplesmente tem muita gente"), no Rio é um toda uma comoção "uau, essa banda aqui". E quem gostava comprou as cotas, e não muita gente apareceu além disso. Pena. Seria por conta de o show ser numa quinta? Ok, sei que é difícil pra acordar cedo. Mas num show legal, uma vez ou outra, por que não? De qualquer forma esperava mais gente, esperava reembolso total. Sempre acabo pensando que se EU conheço a banda, muita gente deve conhecer, porque eu não sou das hipsters abiloladas nas mais novas bandas da Moldávia. Logo o Of Montreal, que tem 16 anos de carreira e 11 álbuns. Seria então a falta de hype? Seria simplesmente a preguiça carioca? Pqp vcs são foda.
E essa banda foda tocou no Rio por iniciativa do Queremos, que juntou a galera pra comprar cotas e garantir o show. Eu comprei uma dessas cotas. Quando é uma banda legal eu faço isso, é uma sensação boa ser mecenas das artes e "fazer a coisa acontecer". Por que enquanto um show desses é mais um em São Paulo que vai atrair muita gente (sem entrar em méritos de gostos e opções noturnas, vamos resumir por ora que rola porque "São Paulo simplesmente tem muita gente"), no Rio é um toda uma comoção "uau, essa banda aqui". E quem gostava comprou as cotas, e não muita gente apareceu além disso. Pena. Seria por conta de o show ser numa quinta? Ok, sei que é difícil pra acordar cedo. Mas num show legal, uma vez ou outra, por que não? De qualquer forma esperava mais gente, esperava reembolso total. Sempre acabo pensando que se EU conheço a banda, muita gente deve conhecer, porque eu não sou das hipsters abiloladas nas mais novas bandas da Moldávia. Logo o Of Montreal, que tem 16 anos de carreira e 11 álbuns. Seria então a falta de hype? Seria simplesmente a preguiça carioca? Pqp vcs são foda.
Setlist de 28/06, Circo Voador:
Suffer for Fashion
The Party's Crashing Us
Forecast Fascist Future
Coquet Coquette
For Our Elegant Caste
An Eluardian Instance
Plastis Wafer
St. Exquisite's Confessions
Bunny Ain't No Kind of Rider
Wraith Pinned to the Mist (and Other Games)
Id Engager
She's a Rejector
The Past Is a Grotesque Animal
Encore:
Gronlandic Edit
A Sentence of Sorts in Kongsvinger
Heimdalsgate Like a Promethean Curse