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April 15, 2012

Marche Du Cote Brilliant: The Lyrics

Eu não consegui achar a letra dessa música em nenhum lugar da imensa internet. Estranho. Mas até que eu entendi o que estavam cantando, quer dizer, entendi 99,9%. Sem conseguir entender apenas uma palavra, e sem nenhum lugar em que eu pudesse conferir, apelei pra Kimya Dawson, que criou o Antsy Pants e  escreveu a música. Num estalo, fui conferir se ela tinha Twitter. Tinha! Perguntei, que mal fazia? E ela respondeu! Então aí vai, imagino que o único registro da letra de "Marche Du Cote Brilliant" que você vai encontrar (se acharem outro, me mandem! eu posso, perfeitamente, ter errado em algum lugar):
I was walking down, nearby the yellow brick road
I saw this little girl, you see, she was just walking her dog
With a charming smile she came towards me and said:
"Hi, Jenny. Please tell me, why are you walkin' in this land?
You've lost your way, you cannot stay
Walk back real fast to the soil where you belong
And remember this one advice, 'cause I won't say it twice:
You better walk on the shiny, shiny side of the road 
Still I took the muddy path, stubborn as a cow
Lazy is so easy, not to look right at the sun
I'm getting used to the crap on my shoes and sinking in the mud
I started to feel mad for the dust covers my thighs
And remembered the thing she said, singing in my head:
You better walk on the shiny, shiny side of the road 
My friends, they're carrying burdens from town to town
Never complaining, just enjoying the sounds
With projects full of eyes, eyes full of stars
They're far away. Where? I can't say. But they keep singing the song:
YOU RATHER WALK ON THE SHINY, SHINY SIDE OF THE ROAD 
My feet, they hurt, and I started to feel tired
'Cause I began to understand that nowhere is my destiny
I've reached the point where the world boards, and it sounds pretty funny
With fists in the air, flowers on my hair
On the goldie pavement of Broadway I'm gonna make my way
I'm gonna walk on the shiny, shiny side of the road
I'm gonna walk on the shiny, shiny side of the road
I'm gonna walk on the shiny, shiny side of the road.
A lição do dia é: Quer saber? Pergunte. E walk on the shiny, shiny side of the road, o que quer que isso signifique pra você.


September 30, 2010

O dia em que eu venci na vida

Hoje o Alex Kapranos falou comigo no Twitter. Venci na vida, Brasil?
Numa divagações no Twitter sobre sonhos, cansaço e semi-consciência, o vocalista do Franz Ferdinand lamentou ter disperdiçado o que ele estava sentindo ao se dispor a discutir a coisa com meio mundo. Foi aí que eu entrei, dizendo que as pessoas são mais cismadas em dividir/divulgar o momento do que sentir/viver o momento. É por isso justamente que todo mundo vai a shows como o dele prontos para fotografar e gravar cada detalhe. E aparentemente ele não curte isso.
Groupices à parte, eu realmente penso o que eu disse. A epifania veio num show do Death Cab For Cutie há uns anos. Eu estava muito perto do palco, gravando o show, quando percebi que estava vendo o show pela tela da câmera. Hello? Os caras estavam bem na minha frente. Pergunta se eu vejo aqueles vídeos que fiz hoje em dia? Sem falar que a maioria dos vídeos capturados em shows tem um som completamente estourado. Fotografar show, sem uma câmera das boas, nem rola. Pra não cair na minha própria armadilha de acabar assistindo pela câmera, não a levo mais comigo.
Mas tudo parece se organizar com a imagem, uma espécie de prova que você esteve presente, documentado de modo que possa ser compartilhado. Fotos pro Facebook/Orkut, vídeos pro YouTube, relatos em tempo real no Twitter, somos papparazos de nós mesmos. Senão, não sentimos como se realmente aconteceu. Talvez sejam informações demais, a memória falha, precisamos dessas pistas para lembrarmos. Mas na fissura de documentar, o momento presente perde a mágica. Ou melhor, a mágica é jogada pro passado. A vida na era de sua reprodutibilidade tecnológica.
Com a resposta do Kapranos, um outro usuário brasileiro nos recomendou um poema de Jorge Luís Borges:
Nostalgia do Presente
Naquele preciso momento o homem disse:
"O que eu daria pela felicidade
de estar ao teu lado na Islândia
sob o grande dia imóvel
e de repartir o agora
como se reparte a música
ou o sabor de um fruto."
Naquele preciso momento
o homem estava junto dela na Islândia.

May 10, 2010

Pássaro novo

Sei que muita gente pode ver como uma grande desvantagem o fato de ainda não ser tão preparado para certas coisas na vida. Mas também pode ser uma vantagem, viver tudo como se fosse a primeira vez, sentir mais fundo porque ainda é sensível. Tudo deslumbra mais, excita mais, alegra mais, machuca e dói mais porque é novo. Isso é vantagem porque... bom, parece que as crianças se divertem sendo assim, não? A pele do coração não é tão grossa, ainda não decorou tudo que dá choque ou que não dá - sem falar que talvez até ache o choque legal, naquela fissura de subverter as coisas... Não sei dizer se viver desse jeito é decorrente da falta de experiências que ensinem ou se é só por ter um ponto de vista diferente em relação às coisas da vida (e uma memória precária). Se acreditasse em vidas passadas, poderia até pensar que tô aqui pela primeira vez, tenho alma nova. E se a vida é uma só pra mim, melhor sentir tudo no 220v. Ou não?
novo
*******
Eu deveria me proibir de ver Antes do Amanhecer/Antes do Pôr-do-Sol. São lindos filmes de pura DR, eu me identifico com tanta coisa e concluo que 1) o pessoal do filme também pensou em tudo aquilo pra fazê-lo e 2) um zilhão de outras pessoas também devem se identificar com o que é discutido ali, o que me faz sentir 1) inserida e 2) perturbadoramente igual a todas essas pessoas. Somos todos bichos pós-modernos, com as mesmas questões existenciais e nenhuma resposta, falando, falando, vagando e falando... muitas vezes sozinhos. Meio difícil encontrar alguém com paciência de escutar e debater no ônibus ou no trem.
*******
E aí pensei na minha mania de dar o benefício da dúvida pra pessoas... Não consigo parar de pensar no outro lado que eu ainda não conheço ou vislumbrei muito pouco, mas que, por cisma ou intuição, eu SEI que existe. Carinho, dedicação, amor e um monte de valores muito bonitos e puros que serão dedicados à quem quer que seja no momento certo, mas que eu não tenho acesso. Posso até ver o contrário na superfície mas isso tudo... eu SEI que existe. E não há como provar se é verdade ou não. Isso me perturba. MUITO. Sério. Vou até xingar no Twitter...

April 27, 2010

O povo contra...

Palestras de gente assustada com a internet são sempre a maior diversão. Nessa, o jornalista de música Chris Weingarten fala da cisma do tempo real, do falso hype, da ânsia por mais cliques - cliques para matérias com cada vez menos conteúdo -, da incessante busca pela próxima grande pequena banda indie. Comenta sobre como as bandas agora se preocupam cada vez mais em serem "virais" na web do que com música em si, critica a política de favores entre blogs e bandas/gravadoras indies por uma exclusividade falsa e alerta que não se pode mais falar mal de nada, senão chateia quem te fornece qualquer migalha-marketing que poderia atrair alguma atenção no meio da selva de links que é a internet. E etc, etc, etc... São tendências que afetam o jornalismo de música, de cinema, de economia, de política, de... enfim, TUDO. Um dos comentários no post onde vi o vídeo lembra Marshall McLuhan: "O meio é a mensagem. Esse meio privilegia cliques sobre informação substancial, adeque-se ou morra". Ui...
Discussões acerca da validade de uma crítica musical à parte (o que eu gosto pode ser contra qualquer jornalista que acha que conhece e que tem o direito de me dizer o que é válido ou não), curto a discussão, mesmo que não me posicione em nenhum lado no momento. Gosto de informação, mas sei que o sistema mudou. O que eu faço como uma pessoa que gosta de música? Tento pensar fora da caixa, como o Chris menciona no vídeo. Cultivo meu gosto por mim, e não por hype ou influência ou por ver que não param de twittar/blogar sobre esta ou aquela banda, a melhor banda dos últimos tempos da última semana...
É #mimimi mesmo, mas achei (no mínimo) engraçado...
Eu falo demais sobre música, Deus do céu... rsss.
Pra aproveitar o papo, recomendo uma reportagem especial multimídia (ou seja, feita com o que benesses que a internet pode viabilizar) do The Washington Post sobre a história de uma das casas de show mais legais dos EUA, o 9:30 Club, em Washington DC. Eu tive a honra de ir duas vezes (só duas míseras vezinhas). Toca muita banda legal, conhecida ou desconhecida. Acho que se eu morasse mais perto e pudesse ir sempre eu teria ficado POBRE. A cada 15 dias eles me mandam e-mail anunciando as próximas bandas a tocarem lá e eu passo mal... em junho tocam Broken Bells e Kings of Convenience, e eu tão longe...
Mas enfim, é uma história do rock, sem críticas, julgamentos ou poses, de gente que queria disponibilizar um lugar pra que todos pudessem curtir música. Clica: http://ow.ly/1zrtO