Palestras de gente assustada com a internet são sempre a maior diversão. Nessa, o jornalista de música Chris Weingarten fala da cisma do tempo real, do falso hype, da ânsia por mais cliques - cliques para matérias com cada vez menos conteúdo -, da incessante busca pela próxima grande pequena banda indie. Comenta sobre como as bandas agora se preocupam cada vez mais em serem "virais" na web do que com música em si, critica a política de favores entre blogs e bandas/gravadoras indies por uma exclusividade falsa e alerta que não se pode mais falar mal de nada, senão chateia quem te fornece qualquer migalha-marketing que poderia atrair alguma atenção no meio da selva de links que é a internet. E etc, etc, etc... São tendências que afetam o jornalismo de música, de cinema, de economia, de política, de... enfim, TUDO. Um dos comentários no post onde vi o vídeo lembra Marshall McLuhan: "O meio é a mensagem. Esse meio privilegia cliques sobre informação substancial, adeque-se ou morra". Ui...
Discussões acerca da validade de uma crítica musical à parte (o que eu gosto pode ser contra qualquer jornalista que acha que conhece e que tem o direito de me dizer o que é válido ou não), curto a discussão, mesmo que não me posicione em nenhum lado no momento. Gosto de informação, mas sei que o sistema mudou. O que eu faço como uma pessoa que gosta de música? Tento pensar fora da caixa, como o Chris menciona no vídeo. Cultivo meu gosto por mim, e não por hype ou influência ou por ver que não param de twittar/blogar sobre esta ou aquela banda, a melhor banda dos últimos tempos da última semana...
É #mimimi mesmo, mas achei (no mínimo) engraçado...
Eu falo demais sobre música, Deus do céu... rsss.
Pra aproveitar o papo, recomendo uma reportagem especial multimídia (ou seja, feita com o que benesses que a internet pode viabilizar) do The Washington Post sobre a história de uma das casas de show mais legais dos EUA, o 9:30 Club, em Washington DC. Eu tive a honra de ir duas vezes (só duas míseras vezinhas). Toca muita banda legal, conhecida ou desconhecida. Acho que se eu morasse mais perto e pudesse ir sempre eu teria ficado POBRE. A cada 15 dias eles me mandam e-mail anunciando as próximas bandas a tocarem lá e eu passo mal... em junho tocam Broken Bells e Kings of Convenience, e eu tão longe...
Mas enfim, é uma história do rock, sem críticas, julgamentos ou poses, de gente que queria disponibilizar um lugar pra que todos pudessem curtir música. Clica: http://ow.ly/1zrtO