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January 23, 2011

Um aniversário

Jimmy Page, The Edge e Jack White se encontraram no dia 23 de janeiro de 2008, exatamente há 3 anos, para a jam session que integra o meu documentário favorito, À Todo Volume ou It Might Get Loud, de Davis Guggenheim. Fora a epicidade que foi esse encontro, e o tema - a guitarra elétrica, com quem os músicos tem essa bonita história de amor do rock -, esse filme é uma aula de técnica de documentário. Ele usa vários artifícios para contar e costurar a história: entrevista, imagens de arquivo, viagens a lugares importantes do passado, animação, e o Little Jack White (melhor ver pra entender).
The Edge, nerd e meticuloso. Jack White, aficionado e marrento, que abaixa a crista na presença dos outros. Jimmy Page, vibe professor, dinossauro do rock.
Vi no cinema. Um cinema de rua antigo, e eu queria cantar junto. É um filme tão feliz. É vergonhoso como o U2 me empolga. Na volta, uma das únicas vezes em que vi alguém "sonorizando" o ônibus com uma música decente no celular: um casal ouvia "Steady As She Goes", do Raconteurs. Contagiados. Rock é amor.

December 2, 2010

Velvet Goldmine e os meus agradecimentos

Eu realmente não sei o que seria do meu gosto musical hoje se eu não tivesse assistido, há 10 anos, ao filme Velvet Goldmine (1998). Ninguém pra me apresentar as coisas boas do GLÉIN, minha sorte é que o Cinemax não tinha muito critério e passou esse filme várias vezes, e nem passava tarde da noite. Ele é Rated R, mas quem ainda não viu o Ewan McGregor pelado? Ele tira a roupa em todo filme, praticamente (e já coloquei ele falando sobre isso aqui). Enfim, deu pra ver várias vezes e gravar na VHS.
Sim, o elenco. Pensando mais cedo dei por mim a loucura que é o elenco desse filme: além do Ewan, tem Christian Bale, Toni Colette, Jonathan Rhys-Myers, Eddie Izzard, pontinha do Brian Molko (do Placebo, aliás todos os caras do Placebo aparecem). A direção é do Todd Haynes, que depois veio a dirigir Longe do paraíso (2002) e Não Estou Lá (2007), aquele inspirado na vida do Bob Dylan. Um dos produtores do filme é o Michael Stipe (sim, o vocalista do REM), que ainda trabalhou na composição da trilha sonora. E é sobre essa trilha sonora que eu quero falar...
"Mas... eu sei cantar?" - "Aparentemente sim, Ewan."
Mas antes, pra se inteirar um pouco da história: Velvet Goldmine é tipo um Moulin Rouge do Glam Rock, não só por ter a presença do Ewan, mas por ter um zilhão de referências à época retratada. Anos 70, rockstars andróginos, purpurina e loucuras sexdrugsandrocknroll de um tempo em que cantores bibas eram bem mais machos que os de hoje e faziam música de altíssima qualidade. Não era só colocar uma calça apertada e colorida...
Tem um personagem purpurinado que é tipo o David Bowie, um personagem doidão que é tipo o Iggy Pop, mas é tudo fictício, tá? Em poucas linhas, a coisa vai assim: nos anos 80, um jornalista tem que fazer uma matéria sobre um rockstar glam da década anterior que sumiu após simular a morte da persona glam que ele incorporava no palco glam (eu disse que era fictício, tá Cláudia? Senta lá e assiste). O jornalista entrevistas figuras ex-glam desse passado glam em que ele mesmo se envolveu. Ele também fora glam.
Voltando à trilha sonora: basicamente foi aí que começou o meu amor pelo Glam Rock e pelo Bowie. Além de algumas músicas originais da época, algum covers e músicas novas foram feitas por duas bandas reunidas especialmente para o filme. Com a ajuda do Wikipedia, tá aqui o line up da galera: The Venus In Furs é formado por: Thom Yorke e Jonny Greenwood, respectivamente vocalista e guitarrista do Radiohead; Andy Mackay, saxofonista e membro original do Roxy Music; Bernard Butler, antigo guitarrista da banda Suede; Clune, baterista que acompanha David Gray e Paul Kimble, baixista do Grant Lee Buffalo. Já no Wylde Ratttz estão Thurston Moore e Steve Shelley, respectivamente vocalista e baterista do Sonic Youth; Mike Watt, baixista; Ron Asheton, guitarrista e membro original do The Stooges; Mark Arm, vocalista do Mudhoney; Don Fleming, guitarrista e produtor que já integrou diversas bandas independentes; e por Jim Dunbar. Ewan McGregor e Jonathan Rhys-Myers também cantam várias faixas no filme...
QUER DIZER... Obrigada, Velvet Goldmine. Depois de você eu baixei glam a beça com a minha internet discada!!
Bowie não autorizou nenhuma música sua para o filme, mas ele vem com T-Rex, Roxy Music, Brian Eno, The Stooges, New York Dolls e mais. Pra conferir o setlist e baixar a trilha, clique aqui.

(Foi um pouco estranho ter ouvido isso no trabalho. Eu levantei os braços de repente, ainda bem que ninguém perguntou o que estava acontecendo...)

November 28, 2010

S.P.

Caros distribuidores de filmes e polícia da Internet: não me prendam. Eu confesso que baixei e assisti "Scott Pilgrim Contra o Mundo", mas só porque vocês ainda não fizeram o favor de lançá-lo no cinema. Mas ok, eu prometo ir ao cinema e assistir de novo, um filme desses é pra assistir no cinema, com uma tela enorme e sonorização decente.  Então, ouçam meu apelo!
Tô aqui pensando que filme tem apelo a tantas vertentes (!!) diferentes de cultura pop: videogames, quadrinhos, internet, cinema, super-herois, gays, dancinha indiana, pancadaria, rock e bandas independentes... Eu não sou uma louca por videogames e quadrinhos, mas pesquei as referências sem problemas, imagino como deve ser mais orgasmático para os mais nerds assistir. Pra meu deleite e enlouquecência ficou a cena da Batalha de BAIXOS, indescritível. Ah, eu mencionei que tem pancadaria? Tem, é maneiríssimo.
Mas o que mais me emocionou foi isso:
Scott Pilgrim curte Smashing Pumpkins no filme e nos quadrinhos e, portanto, é dos meus. (Fonte)
Não posso ficar dando spoiler do filme aqui, nem é minha intenção. Mas fiz altas leituras filosóficas daquela alegoria que é a luta física entre Scott e os Exs do Mal de Ramona, a menina que ele tá afim (isso não é spoiler, é dado no resumo do filme). Afinal, começar um novo relacionamento é confrontar seu passado, tudo que a gente já viveu, o que tirou de cada coisa, e perceber porque essa nova pessoa te atrai (no que tem em comum, no que que tem de diferente) e a partir daí construir algo novo. Mas o que mais me chamou a atenção foi ver o pobre Scott lutando pra ficar com o estereótipo de garota chutadora-de-bunda e misteriosa que faz bem pouco por ele, enquanto ele despreza a menina que o adora e defende. Mais vida real, impossível. Fazer o quê?
Pra terminar a análise, Michael Cera é uma gracinha, mas vai fazer o mesmo papel pra sempre. Esse tem mais semelhanças com "Nick & Nora" do que com "Juno": em ambos ele tinha bandas, estava dentro duma ceninha independente, tinha amigos gays, etc...
Por fim, quão maneiro são os cortes rápidos, quase de sonho, do filme? E a inserção de onomatopéias? E a transposição do formato de games para o filme? Muito bom, muito bom, recomeeeindo. Lancem logo nos cinemas do Ridjanêro, amigos da Indústria!!! Assim todo mundo baixa e aí mesmo que ninguém paga pra ver...

June 10, 2010

1 utilidade

Tokyo! Primeira meia hora.
"Aaah! Ela vai virar cadeira para sempre, e pela primeira vez na vida, vai se sentir útil! Ops, desculpa, ainda faltam uns 10 minutos pro filme acabar..."
Acabou. Disfarcei lagriminha. Foi preciso um certo esforço.
Descobri que a atriz que faz a mulher-cadeira é a filha japonesa do Steven Seagal.
Descobri que o Gondry se inspirou numa história em quadrinhos.
Gosto tanto dele...
Cecil and Jordan in New York
Clica que eu deixo você ler

May 10, 2010

Pássaro novo

Sei que muita gente pode ver como uma grande desvantagem o fato de ainda não ser tão preparado para certas coisas na vida. Mas também pode ser uma vantagem, viver tudo como se fosse a primeira vez, sentir mais fundo porque ainda é sensível. Tudo deslumbra mais, excita mais, alegra mais, machuca e dói mais porque é novo. Isso é vantagem porque... bom, parece que as crianças se divertem sendo assim, não? A pele do coração não é tão grossa, ainda não decorou tudo que dá choque ou que não dá - sem falar que talvez até ache o choque legal, naquela fissura de subverter as coisas... Não sei dizer se viver desse jeito é decorrente da falta de experiências que ensinem ou se é só por ter um ponto de vista diferente em relação às coisas da vida (e uma memória precária). Se acreditasse em vidas passadas, poderia até pensar que tô aqui pela primeira vez, tenho alma nova. E se a vida é uma só pra mim, melhor sentir tudo no 220v. Ou não?
novo
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Eu deveria me proibir de ver Antes do Amanhecer/Antes do Pôr-do-Sol. São lindos filmes de pura DR, eu me identifico com tanta coisa e concluo que 1) o pessoal do filme também pensou em tudo aquilo pra fazê-lo e 2) um zilhão de outras pessoas também devem se identificar com o que é discutido ali, o que me faz sentir 1) inserida e 2) perturbadoramente igual a todas essas pessoas. Somos todos bichos pós-modernos, com as mesmas questões existenciais e nenhuma resposta, falando, falando, vagando e falando... muitas vezes sozinhos. Meio difícil encontrar alguém com paciência de escutar e debater no ônibus ou no trem.
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E aí pensei na minha mania de dar o benefício da dúvida pra pessoas... Não consigo parar de pensar no outro lado que eu ainda não conheço ou vislumbrei muito pouco, mas que, por cisma ou intuição, eu SEI que existe. Carinho, dedicação, amor e um monte de valores muito bonitos e puros que serão dedicados à quem quer que seja no momento certo, mas que eu não tenho acesso. Posso até ver o contrário na superfície mas isso tudo... eu SEI que existe. E não há como provar se é verdade ou não. Isso me perturba. MUITO. Sério. Vou até xingar no Twitter...

April 26, 2010

So why so sad?

In your case, Falk, there is a seminal joke that Henny Youngman used to tell that I think is perfect. It sums it up perfectly as far as you go:
Guy comes into a doctor's office. He says, 'Doc, it hurts when I do this.' The doctor says, 'Don't do it.' Think about that.
Woody Allen, do roteiro de "Igual a Tudo na Vida"


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April 14, 2010

Filme Livre

Um dia recebi um e-mail que informava sobre uma oficina de cinema. A inscrição era enorme, tinha que responder várias perguntas, entre elas, criar uma cena que pudesse ser feita facilmente na rua e imaginar uma sinopse de um "filme livre". Eu estava trabalhando, não tinha muito tempo, mas acabei deixando a página aberta e preenchendo aos poucos.
E eu lá sabia o que era "filme livre"? Mas sabia o que era um filme mambembe...
Depois de muito tempo, recebi outro e-mail. Eu estava dentro da oficina. E, como não tinha nada pra fazer, vamos nós.
Oficina "Liberte Seu Cérbero", dentro da 9ª Mostra do Filme Livre, que é quando o CCBB exibe diversos curtas livres, alternativos e mambembes ou o que seja, de todo Brasil. No comando, Christian Caselli, cineasta livre-alternativo-mambembe-que-seja. Não leve a descrição a mal, ele já está sendo premiado por isso. E adora. Colaborando, o pessoal do Projeto Cérbero, grupo de teatro que aprecia apresentações livres-alternativas-mambembes pela rua. E brinca que faz vídeo-arte naïf. (#querdizer...)
No meio disso, eu e um monte de gente diferente, gente que adora Cinema (e, no meu caso, tem assuntos a resolver com o Cinema).
A premissa da oficina era elaborar uma ideia (ou ideias) para curtas, criativas e viáveis de serem executadas com 3 câmeras e 1 hora de captação de material bruto. Era proibido fazer roteiro. A partir da ideia, tínhamos que gravar atuando dentro da premissa, mas abertos a qualquer improvisação ou situação que o local e as pessoas apresentassem.
Confesso que me deu medo de rolarem altas pseudagens, mas não... as ideias que criamos juntos foram muito interessantes.
Desenvolvemos, gravamos e editamos 3 curtas em 1 semana. Este aqui se chama "Steve no Rio de Janeiro" e é estrelado por Ricky Mastro, participante da oficina que deu o argumento. Ele, paulistano, sugeriu um filme em que o personagem tivesse pouco tempo no Rio de Janeiro e saísse correndo para captar o máximo de pontos turísticos possível. Como que se o que realmente importasse fosse o registro e não o "estar" no local. Surgiu a ideia da câmera subjetiva, da participação de alguns outros personagens, mas nada superou o elemento surpresa do dia da gravação, quando Ricky conseguiu interagir com tipos curiosíssimos, coisa que a gente nem imaginaria roteirizar... E também ninguém previa que Ricky iria resolver parar o trânsito. Literalmente.
Enfim, aproveite. Eu faço uma ponta beeem pequenina. Mas já fiquei feliz de ver uma das minhas piadas lá ("Acho que aqui é a Central do Brasil..."):

March 30, 2010

Esses feelings...


Depois de ver isso, descobri que minha modalidade de dança sempre foi mod e eu nunca tinha me tocado...

March 15, 2010

Spoil it!

Nunca tive problemas quanto a me contarem os finais de filmes. Geralmente, me dá mais vontade de vê-los quando me contam. Se eu não estava muito a fim de ver e fico sabendo do final, dá curiosidade de ver como a coisa de desenvolve.
Mas ainda bem ninguém me contou o final de "O Sexto Sentido" antes de eu ver...
Apesar de ter contado o final de "O Sexto Sentido" pra minha mãe antes de ela ver, eu costumo me segurar e não dar spoiler pras pessoas, ou pergunto antes de quer que eu conte mais detalhes do filme. Se tem uma coisa que eu adoro é contar filmes inteiros pras pessoas. Tem que saber se elas têm paciência de me ouvir, enfim...
Me seguro, mas não resisti e comprei nos EUA uma camisa que contava o final de vários filmes. Achei demais a ideia (sacana): cada frase incorpora, na tipografia e em símbolos, o estilo do filme. Aí identificamos cada um sem que esteja escrito.
Se você ainda não me viu usando, taí a estampa:
Se você quiser comprar, taí o link do Threadless (sou fã).
Se você quiser ver dois caras fazendo a mesma coisa (revelando o final dos filmes, muito ao estilo da camisa), veja aqui, por sua conta e risco: