Não são os melhores do ano que eu não consigo fazer isso, deixo para os entendidos, que entendem tanto que elegem o novo do Arcade Fire toda vez e aí zZzZzZzZ... Esse não são os melhores álbuns, nem todos são desse ano, são simplesmente os que me marcaram em cada mês. E uma música, que está num álbum de 2009 mas marcou agosto. Vai saber. No fim, gosto não tem cronologia e paixão não tem lá muita crítica...
Janeiro: Kid Cudi, Man On The Moon - Indo pro trabalho, voltando de madrugada, no calor do verão, up up and away, Kid Cudi e seu hip hop pop rock groove garantiu as melhores vibes.
Fevereiro: Jenny Lewis, Rabbit Fur Coat - O álbum espiritualizado e country da vocalista do Rilo Kiley, vozes lindas, de derreter o coração.
Março: Broken Bells, Broken Bells - "O que será que o James Mercer, do The Shins, anda fazendo? Deixa eu conferir aqui no Wikipedia... O QUÊ??? UMA PARCERIA COM O DANGER MOUSE? Isso deve ser a melhor coisa do mundo!!" Então, é por aí.
Abril: The National, High Violet - Hello, darkness, my old friend... I've come to talk to you again. Abril começou com o céu desabando e eu deixei que a Fossa me possuísse, mas com classe, faz favor. O cara tem voz de barítono (mas bem melhor do que aquilo de "vouaa, minha aveee"), os arranjos são sublimes, Sufjan Stevens participa, é de uma epicidade sem fim...
Maio: The Black Keys, Brothers - O melhor disco do ano. Cheio de músicas inacreditáveis. Emblemáticas na primeira audição. Forte. Bonito. Uma façanha. Não tem mais o que dizer.
Junho: Hole, Life Through This - Essa sou eu tentando treinar violão regularmente de uma vez por todas, é claro que não funcionou. Mas tamos aí pra tentar... Eu não gosto da Courtney Love, ou quero não gostar, mas a música e o estilo tem uma coisa desce fáááácil nos meus tímpanos, fazer o quê?
Julho: Scott Matthews, Passing Stranger - Não sei quem é esse cara, só sei que estava em viagem, meu anfitrião tinha ganhado esse CD e era o "easy listening" de praticamente todas as manhãs. Boa surpresa.
Agosto: Jakob Dylan, Women & Country - Eu gosto de country. E eu gosto do Jakob Dylan. Eu gosto da voz do Jakob Dylan. Eu gosto de tudo sobre o Jakob Dylan. Ele está num cavalo com uma mulé e um rifle, com cara de "meu álbum é absolutelyfuckingamazing quer você concorde ou não" e eu concordo e concordo bastante.
Setembro: Beck, Sea Change - Hello, darkness, my old friend... I've come to talk to you again e mais uma vez. Beck terminou um relacionamento e fez esse álbum de 2002 pra lavar sua arte com lágrimas e mostrar que é um gênio, apesar de um monte de gente falar que eu sou louca quando eu afirmo isso. Sea Change é reconhecer a dor como força criativa.
Outubro: of Montreal, Hissing Fauna, Are You the Destroyer - Eu gosto de música de maluco também. E apesar de já gostar de of Montreal eu nunca tinha parado pra apreciar um álbum deles por completo e fiquei completamente atropelada por suas sequências indissociáveis, toda a loucura do Kevin Barnes e sua depressão na Noruega (ou algum lugar gelado desses), o que gerou crises sonoras amalucadas e fantásticas.
Novembro: Smashing Pumpkins, Zeitgeist - Smashing Pumpkins é uma das minhas bandas favoritas desse mundo. E eu consigo gostar de todas as suas fases, apesar de muitas reviravoltas. Eu e o Billy Corgan, a gente se entende. Zeitgeist foi um álbum bastante criticado. Eu nunca vou saber porquê. Pra mim tá ótimo.
Dezembro: Stone Temple Pilots, No. 4 - Eu gosto deles há tanto tempo... São criticados, constantemente acusados de serem uma cópia de qualquer coisa. Scott Weiland por vezes se vale de versatilidade vocal, meio que sendo o Adnet do rock, mas eles acabam sempre se reinventando dentro do mesmo gênero glam meets hard rock. Esse álbum está bem no meio da carreira deles, fora do auge pós-grunge. Preciso, melancólico, cheios dos momentos áureos.
Música: Otto, Crua - Quem já ouviu uma coisa dessas sabe que é forte e ácido e estranho e dificilmente se arranca a lembrança.
1 comment:
Bela lista, Kid Cudi é pedrada atrás de pedrada
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