March 31, 2010

Yes, you're dark and mysterious

Eu na verdade adoro telefones de discar...

March 30, 2010

Esses feelings...


Depois de ver isso, descobri que minha modalidade de dança sempre foi mod e eu nunca tinha me tocado...

March 28, 2010

A raposa e as uvas

Morta de fome, uma raposa foi até um vinhedo sabendo que ia encontrar muita uva. A safra tinha sido excelente. Ao ver a parreira carregada de cachos enormes, a raposa lambeu os beiços. Só que sua alegria durou pouco: por mais que tentasse, não conseguia alcançar as uvas. Por fim, cansada de tantos esforços inúteis, resolveu ir embora, dizendo:
- Por mim, quem quiser essas uvas pode levar. Estão verdes, estão azedas, não me servem. Se alguém me desse essas uvas eu não comeria.

March 26, 2010

Liberdade

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Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.
Clarice Lispector
Não o tenho, nem a liberdade. Só sonhos de ambos.

March 25, 2010

Gimme symphonies



Nunca tinha ouvido falar nesse Dan Black. Adoro o Kid Cudi. Clipe lindo demais.
P.S.: Sentiu uma familiaridade no som? O sample principal é tirado de Umbrella, da Rihanna. Como disse @erikgustavo, quem diria que algo bom iria sair dali?

March 24, 2010

3 little birds

Random sketches...
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P.S.: Meu "método" de desenho (pppffffffssss...) é bem curioso. Eu começo rabiscando e vejo no que vai dar. Por 3 vezes, os rabiscos quiseram virar pássaros. Vai saber...

March 23, 2010

Introducing: Broken Bells

Do nada entrei no página do The Shins no Wikipedia, pra saber se os caras andavam trabalhando. Eu sou muito fã da banda, e tenho saudades de ouvir coisa nova vindo de lá. Para meu azar (e de quem curte), James Mercer - vocalista e líder da paradinha - anunciou que só se dedicaria à banda lá pra 2011. Triste.
A boa notícia é que ele entrou em parceria com o produtor, DJ e instrumentista DangerMouse. Isso é muito boa notícia. Ele é metade do maravilhoso Gnarls Barkley, fez o Grey Album (álbum de mashups Beatles + Jay-Z) e produziu o último cd do Beck, o Modern Guilt, que é simplesmente uma das melhores coisas que eu já ouvi.
E soube que o produto dessa parceria, o Broken Bells, tinha acabado de ser lançado e provavelmente estava disponível na web (como tudo hoje em dia, invariavelmente).
Dei um ataque de fãzinha indie loca, não me orgulho. Saí catando pela internet, sem muito sucesso, até apelar pra galera da comunidade do The Shins no orkut, que estava lá, mais antenada do que eu. Eles já sabiam.
O ataque de fãzinha indie loca só piorou quando ouvi o som deles no YouTube. Como já imaginava, considerando a qualidade dos caras, era fantástico. Ouvir a voz do James Mercer, ouvir coisa nova... foi bom demais.
Ô coisa boa...
Amei o álbum. Claro que nem todas as músicas batem no coração, mas é o suficiente. Não soa muito como o The Shins, mas com o Flake Music, nome do projeto anterior de Mercer. Já DangerMouse contribui com a ambientação sonora que pude reconhecer do trabalho com o Beck. Distorções vocais, beats e viagens sonoras. Som gostoso toda a vida. Highly recommended.
Para ouvir algumas faixas do CD, clique!
Download via torrent aqui. Enjoy.

March 22, 2010

Dois

Queria que inventassem um tipo de teste do bafômetro para sentimentos
Para eu descobrir se o que eu sinto é amor sóbrio
Ou pleno delírio tóxico

Queria que inventassem o criogenamento cardíaco
Pra só ter um sentimento
Quando soubesse lidar com ele

Fizemos um poema

Sinto muito pela dor
Dói em mim também
Sinto também pelo amor
Mas acho que sempre vale
Vamos nos sustentando como podemos
Vamos enquanto podemos... com poemas e vontades e saudades.

David Mamet e o Drama

“É da natureza humana dramatizar. Dramatizamos o clima, o trânsito e outros fenômenos impessoais lançando mão do exagero, da justaposição irônica, da inversão e da projeção, todos os instrumentos que o dramaturgo utiliza para criar e o psicanalista usa para interpretar fenômenos emocionalmente significativos. Dramatizamos um incidente tomando os eventos e reordanando-os, alongando-os e comprimindo-os, a fim de poder compreender seu significado pessoal para nós, como protagonistas do drama individual que compreendemos ser a nossa própria vida.”

David Mamet.

March 20, 2010

Taí uma verdade

Essa música é fantástica demais.



How can I be sure when your intrusion's my illusion?
How can I be sure when all the time you change my mind?
I ask for more and more, how can I be sure?

When you don't give me love, you give me pale shelter
You don't give me love, you give me cold hands
And I can't operate on this failure
When all I wanna be is completely in command

How can I be sure for all you say you keep me waiting?
How can I be sure when all you do is see me through?
I ask for more and more, how can I be sure

When you don't give me love, you give me pale shelter
You don't give me love, you give me cold hands
And I can't operate on this failure
When all I wanna be is completely in command

I've been here before, there is not why, no need to try
I thought you had it all, I'm calling you, I'm calling you
I ask for more and more
How can I be sure

When you don't give me love, you give me pale shelter
You don't give me love, you give me cold hands
And I can't operate on this failure
When all I wanna be is completely in command

You don't give me love, you don't give me love

March 19, 2010

Último pedido


Find me and follow me through corridors, refectories and files
You must follow, leave this academic factory
You will find me in the matinee
The dark of the matinee
It's better in the matinee
The dark of the matinee is mine

March 18, 2010

Please, be...

Eu não sou tão exigente assim, eu só gostaria muito que ele...
... não gostasse de axé e/ou pagode e/ou funk.
... não usasse calça sarouel. Em hipótese alguma.
... não usasse papete.
... não fosse um pseudo.
... entendesse inglês (se todo emprego pede, por que eu não posso pedir? É porque eu falo bastante, e gostaria de alguém que entendesse).
... compreendesse o efeito emocional da música do The Smiths.
... curtisse cultura pop.
... aparentemente, gostar muito de música conta muito ponto.
Rob Godon, kd?

March 16, 2010

Oi, hoje eu estou brega

Só sorriu depois
Do que chorou na véspera
Com a mão na testa
Os olhos enxugou
Sabe que sorrir é bom
E quem não detesta
Sofrer a espera
De quem sempre amou
Há sempre
A pequena chance
De o impossível rolar
Soterrar o mundo
Como uma avalanche
Só pra que possa sobrar
Apenas eu e você
Bastaria pra que o mundo
Houvesse em qualquer lugar
(Nando Reis)

March 15, 2010

Spoil it!

Nunca tive problemas quanto a me contarem os finais de filmes. Geralmente, me dá mais vontade de vê-los quando me contam. Se eu não estava muito a fim de ver e fico sabendo do final, dá curiosidade de ver como a coisa de desenvolve.
Mas ainda bem ninguém me contou o final de "O Sexto Sentido" antes de eu ver...
Apesar de ter contado o final de "O Sexto Sentido" pra minha mãe antes de ela ver, eu costumo me segurar e não dar spoiler pras pessoas, ou pergunto antes de quer que eu conte mais detalhes do filme. Se tem uma coisa que eu adoro é contar filmes inteiros pras pessoas. Tem que saber se elas têm paciência de me ouvir, enfim...
Me seguro, mas não resisti e comprei nos EUA uma camisa que contava o final de vários filmes. Achei demais a ideia (sacana): cada frase incorpora, na tipografia e em símbolos, o estilo do filme. Aí identificamos cada um sem que esteja escrito.
Se você ainda não me viu usando, taí a estampa:
Se você quiser comprar, taí o link do Threadless (sou fã).
Se você quiser ver dois caras fazendo a mesma coisa (revelando o final dos filmes, muito ao estilo da camisa), veja aqui, por sua conta e risco:

March 13, 2010

Dandelion

Força de onde havia o não
Em oito abertas mãos
De onde não pode escapar
Está na alma, na voz, no olhar
Está profundo
Mas fácil de encontrar
Marcado, e não se pode apagar.

Segue firme em construção
E como pétalas de dente-de-leão
Que voam e tocam o chão
A germinar já na próxima estação
Está perto, pode abraçar
Amor
Que nem a morte pode derrotar.

March 11, 2010

Coisa de gato

Meu Deus, por que o meu gato não é assim?

Minha primeira gata, Spider, fazia massagem na barriga da minha mãe. Minha mãe deitava, chamava ela, e ela subia pra fazer uma demorada massagem com as patinhas, como se quisesse "afofar" uma almofada. Mas, apesar de muito amada, ela não era de carinhos, e sempre me deixava arranhada quando eu tentava. Infelizmente, ela morreu. Tenho outro, igualmente neurótico, mas até que ele é gente fina (ou gato fino). Mas enfim, não faz massagem.
Mas ele é lindo. Então ficamos combinados.
Foxxy

March 9, 2010

Ah, como eu queria...

"Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças" feelings? Pode apostar. Sinto vibe de arte conceitual nesse produto, que sim, existe, está a venda e custa US$ 25. Esse "produto-conceito" está baseado na ideia de que, para esquecer, você precisa focar em outras coisas. Colocar seu otimismo nesse pequeno placebo poderia ajudar você a liberar a lembrança que tanto te oprime, criando outras mais agradáveis. Apesar desse efeito psicologicamente incerto, o produto teria função aromaterapêutica, com ingredientes que são associados com a elimininação da tensão.
Corra, eles só fizeram 500 pra começar. Compre aqui.
Esquecer o que deprime, mas com a garantia de manter o aprendizado, não seria assim tão mal...

March 8, 2010

Circo

Não havia uma sinopse muito clara para que cada um pudesse captar a história do jeito que ela mais intimamente falasse com cada um. Para mim, esse número era o mais dramaticamente denso do espetáculo, complexo, impactante, estranho e belo. As leituras que eu fiz do ato foram bastante pseudas intrigantes, e passeavam pela construção e busca do feminino, desde a concepção, opressão, desejo, perigo e libertação.
Enfim, deixo vocês fazerem as suas leituras agora:
** No CD, essa canção tem letra, em inglês. Quando escutei, senti que tinha entendido a mensagem direitinho.

Let me fall,
Let me climb,
There's a moment when fear and dreams must collide.

Someone I am is waiting for courage,
The one I want,
The one I will become will catch me.

So, let me fall,
If I must fall,
I won't heed your warnings,
I won't hear them.

All I ask,
All I need,
Let me open whichever door I might open.

Let me fall,
And if I fall,
All the feelings may or may not die.

I will dance so freely,
Holding onto to no one,
You can hold me only if you too will fall,
Away from all,
These useless fears and chains.

Someone I am is waiting for my courage,
The one I want,
The one will become will catch me.

So let me fall,
If I must fall,
I won't heed your warnings,
I won't hear.

Let me fall,
And if I fall,
There's no reason to miss this one chance,
This perfect moment,
Just let me fall.

March 7, 2010

Invisíveis

Vladmir Brichta (e elenco) está em cartaz no CCBB com a peça "Hamelin". O ingresso custa R$ 10,00, inteiro. Com um conceito diferente do usual, atores fazem diversos papéis, há narração, mas não cenário, luzes fazem ambientação. Mas tudo isso não é o mais importante, ou não deve desviar a atenção do público para os temas, que surgem entrelaçados: pedofilia, justiça, suspeita, verdade, comunicação, pobreza, exploração, busca. Não é pesado, mas impactante. Há perguntas, mas não respostas. Há, na vida real?
Certos valores deveriam ser relativizados de acordo com a classe social?
Enfim, não falo mais para não dar spoiler. Recomendado está. Ótimas atuações, reflexões mais do que pertinentes.
Hoje, na revista O Globo, Brichta recomendou esse vídeo. Recomendado está aqui também.

Quanto mais...

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De Estêvão Vieira, mais aqui.

March 6, 2010

A puzzle looking for its piece

Eu me arrependo por não acontecer, mas não voltaria atrás. Sabendo que, do jeito que as coisas eram, eu não podia ter feito muito diferente.
Por que o que eu sei hoje, após um tempo, só me veio após um tempo. E nada o faria chegar em um dia, a tempo de aproveitar o que perdeu-se em algum lugar qualquer.
Desconfio que minha certeza de que as coisas poderiam ter sido fantásticas, essa certeza que eu tenho na minha mente, tem razão de ser por que está... na minha mente.
Levo um pouco de realidade à minha fantasia, tento imaginar o medo e insegurança. Algo está errado. Não devia ser errado. Parece redenção para mim, completamente inadequado pra você. Eu sei disso, digo que não quero ouvir tudo de novo, menos ainda quero tentar te convencer.
Não é possível. É isso que não é possível, tentar te convencer.

March 4, 2010

A stitch in time


Engraçado ser um pouco difícil hoje em dia ouvir uma banda que eu gosto (muito) desde os 9 anos. Bate diferente. Angustiante.
A Stitch in Time é linda. Ela não muda bruscamente, não sobe, mas instiga a todo tempo. Angustiante.
Watch out!

*Em tempo - Billy Corgan sobre A Stitch in Time (mais aqui): “What I am protesting I’m not sure but it has something to do with real inner freedom and the consequence of what it means to be free.”

March 2, 2010

Sentimento

Meu primeiro impulso foi pensar que era resquício de algum dom da infância, mas não tenho amostragem que prove que todas as crianças eram assim. Sei que eu era, e certamente também ela. Com todas as diferenças de gostos e estilos de vida, nossas semelhanças se situam na superfície do coração, refletindo em nosso modo de enxergar o mundo.
Certos momentos da vida se apresentam a nós com diferentes lentes ou capas, algumas delas colocadas por nós mesmos, por culpa de nossa excitação, um ponto de vista exagerado, expectativas falsas.
Manter o teatro e sorrir seria o ideal. Mas não nos engana por muito tempo.
Tem uma hora em que tudo se clarifica. Até demais, acendem o farol alto. É preciso ir embora.
Não tente entender se nunca passou por essa experiência, de sentir o peso do ar, o peso das coisas, e perceber onde você realmente deveria estar. Chame de loucura ou o que quiser. Sensibilidade.
A porta se abriu simples. Naquele quarto, troféus. Uma sombra oca passava às vezes, entre fumaça e sons abafados. Nenhuma palavra. Ou sombras engaioladas, egocêntricas, sem envolvimento, ocupadas, esquivas. A dor era por quem podia chegar perto, mas não tanto. Um sentimento acumulado por muito tempo, tempo demais para que fosse possível se cumprir. E cada centímetro, cada item se juntava à sensação de estar dentro, porém fora. Lenta tortura. Cansa.
Abrimos as portas, o forno, a geladeira. Pegamos pratos, talheres, ovos. Puxamos cadeiras, gavetas e conversas. No entanto, ninguém ali se esforçou de qualquer modo para fazer com que ficássemos realmente à vontade.
Quem quer faz acontecer.
E sozinhas, do lado de fora, falamos. Sempre pondero em derramar, pois nunca se sabe o que nós dizemos vai realmente causar. Podemos encontrar cumplicidade, ou não. Podemos provocar reação, ou ser em vão. Houve despertamento... Falamos de desejo, e da falta dele. Falamos de felicidade e leveza, e da busca por elas. Ao voltar para dentro, o que nós duas sentimos naquele lugar não foi preciso expressar em voz alta. Nada nos fazia ficar à vontade. Faltava sentimento. E para algumas pessoas, como eu e ela, isso importa. E a gente não suporta.